domingo, 25 de outubro de 2009

JESUS COMO O GRANDE MÉDICO (João Cap. 5)


Como acontece em diversos capítulos do evengelho de João, nesse a mensagem fundamenta-se em um milagre.

I. O MILAGRE: A salvação é pela graça (5.1-16)

Esse sinal completa a série de três milagres que mostram como a pessoa é salva. O primeiro (transformação da água em vinho) mostra que a salvação se dá por intermédio da Palavra de Deus. O segundo (a cura do filho do oficial) demonstra que a salvação é pela fé. O terceiro milagre mostra que a salvação é pela graça. Esse homem estava em um estado lastimável. Ele ficou doente por 38 anos por causa de seu pecado passado (veja v. 14). Ele estava rodeado de pessoas afligidas por diversos males, e todas elas ilustram a triste condição dos não-salvos: enfermos, cegos, coxos (incapazes de andar direito – Ef. 2.1-3), paralíticos, e todos ali esperavam que alguma coisa acontecesse (sem esperança – Ef. 2.12). Eles se curariam se entrassem na água quando o anjo a agitava, no entanto faltava-lhes força para conseguir fazer isso! Acontece o mesmo com o pecador de hoje: se ele guarda a lei perfeita de Deus, é salvo, mas ele não consegue fazer isso.

No entanto, veja a graça de Deus em ação. “Betesda” (v.2) significa “casa de graça”, e para esse homem esse local tornou-se o lugar da graça. O que “graça” significa? Significa bondade para quem não a merece. Jesus viu um monte de doentes, todavia escolheu curar apenas um homem! Esse homem não merecia mais que os outros, mas Deus escolheu-o. Essa é uma bela imagem da salvação e de como devemos nos sentir humildes ao saber que somos escolhidos “nele”, pois isso não ocorre por nossos méritos, mas pela graça dele (Ef. 1.4).

Observe: O homem queixou-se: “Não tenho ninguém (v. 7), no entanto havia dúzias de homens lá para ajudá-lo, mas não podiam fazer o que Jesus fez. O pecador perdido não precisa de ajuda, mas de cura.

II. A MENSAGEM: Cristo é igual a Deus (5.17-47)

A. A tripla igualdade de Cristo com o Pai (vv. 17-23)
Nesta mensagem ele mostrou-lhes que era igual ao Pai de três formas:
(1) Em Obras (vv. 17-21). Em Gênesis 3, o sábado de descanso do pai foi quebrado pelo pecado de adão e Eva. Desde essa época, Deus trabalha na busca e na salvação do perdido. Cristo afirma que o Pai o capacita pra fazer o que faz e revela que o conhece pessoalmente. Suas obras (milagres) vêm do Pai, até mesmo a de ressuscitar os mortos.
(2) Em Julgamento (v.22). Deus confiou todo julgamento ao Filho. Isso torna o filho igual ao Pai, pois apenas Deus pode julgar um homem pelos seus pecados. Veja também o v. 27.
(3) Em honra (v. 23). Nenhum mortal ousaria pedir que o adorem da forma que apenas Deus merece.

B. A tripla ressurreição (vv. 24-29)
(1) A ressurreição do pecador morto hoje (vv. 24-27). Essa é uma ressurreição espiritual (veja Ef. 2.1-3) e acontece quando o pecador ouve a palavra e crê.
(2) A ressurreição da vida (vv. 28, 29a). Essa é a ressurreição futura do crente descrita em I Tes. 4.13-18 e I Cor. 15.51-58.
(3) A ressurreição da condenação (v. 29b). Ela acontece pouco antes de Deus fazer o novo céu e a nova terra. AP. 20.11-15 descreve essa ressurreição. Todos os que rejeitarem a Cristo serão julgados para verem qual o grau de punição que receberão no inferno, e não irão pra o céu. Chama-se o inferno de “a segunda morte”, a separação eterna de Deus. Nenhum cristão jamais ficará diante do trono branco de julgamento ( v. 24).

C. O triplo testemunho da divindade de Cristo (vv. 30-47)
(1) João Batista (vv. 30-35)
(2) As obras de Cristo (v. 36). Até Nicodemos admitiu que os milagres de Cristo provavam que ele vinha de Deus (3.2).
(3) O Pai na Palavra (vv. 37-47). As Escrituras do antigo testamento são o testemunho do Pai a respeito de seu Filho. Os judeus estudavam que isso os salvaria. Eles, porém, liam a Palavra com olhos espiritualmente cegos. Moisés escreveu a respeito de Cristo e os acusou no julgamento. Eles rejeitaram a Palavra (v. 38), não vieram a ele (v. 40), não amaram a Deus (v. 42), não o receberam (v. 43), buscaram a glória dos homens, não a que vem de Deus (v. 44), e não escutaram sua Palavra (v. 47). Não é de espantar que não conseguissem crer e ser salvos!

Pr. Gualter Guedes