segunda-feira, 20 de junho de 2011

JESUS COMO O CONQUISTADOR DA MORTE (João Cap. 20)

Esse capítulo registra três aparições de Cristo pós-ressurreição. Cada aparição trouxe um resultado diferente na vida dos envolvidos.

1. MARIA VIU O SENHOR (20.1-18)
Cristo expulsou sete demônios de Maria Madalena (Lc. 8.2), e ela o amava com ternura. Maria Madalena, em sua confusão e desapontamento, apressou-se em tirar conclusões e pensou que alguém roubara o corpo de Cristo. Ela correu para contar a Pedro e João, que, por sua vez, foram até a sepultura.
O que fez João passar à frente de Pedro (v. 4)? Talvez houvesse uma razão física: João era mais jovem que Pedro. Contudo, também há uma lição espiritual aqui: Pedro ainda não reafirmara sua devoção a Cristo, e, por isso sua “energia espiritual” estava baixa. Isaías 40.31 afirma  que os que esperam no Senhor “correm e não se cansam”. O pecado de Pedro afetou seus pés (v. 4), seus olhos (Jo. 21.7), seus lábios (ele negou o Senhor) e até a temperatura de seu corpo (Jo. 18.18; e veja Lc 24.32.
O que os homens viram na sepultura? Eles viram os lençóis fúnebres com a forma do corpo, no entanto o corpo sumira! As vestes fúnebres repousavam como um casulo vazio. O lenço (para o rosto) estava separado do resto. Não era a cena de uma sepultura roubada, pois nenhum ladrão conseguiria tirar o corpo das vestes sem rasga-las nem desarrumar as coisas. Jesus retornara à vida em glória e em poder e passara através das vestes fúnebres e da própria sepultura! O v. 8 relata que os homens acreditaram na ressurreição por causa das evidências que encontraram. Mais tarde, eles encontram Cristo pessoalmente e crêem também nos testemunhos das Escrituras. Assim, em relação aos assuntos espirituais, há três tipos de provas em que se fundamentar: (1) a evidência que Deus fornece em sua Palavra; (2) a Palavra do Senhor; e (3) a experiência pessoal. Como o homem sabe que Cristo é real? Ele pode ver as evidências na vida dos outros, ler a Palavra e, se crer em Cristo, vivenciará isso pessoalmente. No v. 10, observe que eles voltam para casa sem proclamar a mensagem da ressurreição de Cristo. Apenas as simples evidências intelectuais não mudam as pessoas. Precisamos encontrar Cristo pessoalmente.
Foi isso que aconteceu com Maria Madalena: ela demorou-se e encontrou Cristo. Muitas vezes vale a penas esperar! (Veja Pv. 8.17). Ela viu dois anjos na sepultura, mas estava tomada pela dor para deixá-los confortá-la. No v. 12, a descrição dos anjos lembra-nos o propiciatório do Santo dos Santos (Êx. 25.17-19); agora, a ressurreição de Cristo é nosso propiciatório no céu. Maria Madalena deu as costas aos anjos, pois procurava Cristo; ela preferia ter o corpo de Cristo à visão do anjos! A seguir, ela viu uma pessoa, mas seus olhos estavam cegos, e não reconheceu Cristo. No v. 15, a palavra “supondo” explica toda a dor que ela sentia. Hoje, muitos cristãos são infelizes porque “supõem” algo que de forma alguma é verdade. Ela reconheceu Jesus quando ele disse seu nome. Ele chama o seus pelo nome (Jo. 10.3,4), e eles conhecem sua voz. Veja Isaías 43.1.
O v. 17 sugere que, no início da manhã do domingo de Páscoa, Cristo ascendeu ao céu a fim de apresentar sua obra terminada ao Pai. Essa ascensão secreta cumpre o tipo de sacrifício discutido em Lv. 23.1-14, o movimento das “primícias” no dia seguinte ao sábado (veja 1 Co. 15.23). O encontro de Maria Madalena com Cristo transformou-a.

2. OS DISCÍPULOS VÊEM O SENHOR (20.19-25)
Essa é a segunda menção ao “primeiro dia da semana” (20.1,19). O primeiro dia da semana é o domingo, não o sábado (o sabá judeu, o sétimo dia da semana). O sábado destina-se ao descanso após o trabalho e pertence à dispensação da Lei. O domingo é o Dia do Senhor, o primeiro dia da semana, e fala da vida e de descanso antes do trabalho. Lembra-nos a graça de Deus. Cristo atravessou a porta fechada em seu corpo glorificado e levou paz aos homens amedrontados. Observe que ele fala de paz duas vezes (vv. 19,21). A primeira “paz” refere-se à paz com Deus, fundamentada no sacrifício dele na cruz. Por isso, ele mostrou a eles suas mãos e o lado de seu corpo. A segunda trata-se da paz de Deus que vem da presença dele conosco (veja Fp. 4). Ele comissiona-os a assumir o lugar dele como embaixadores de Deus no mundo (veja Jo. 17.15-18).
O sopro do Senhor sobre eles lembra Gen. 2.7, em que Deus soprou vida em Adão, e 2 Tim. 3.16, que “inspirada” significa “sopro de Deus”. Essa ação foi pessoal e individual e deu-lhes a força e o discernimento espirituais que precisariam para cumprir seu comissionamento. Em Pentecostes, a vinda do Espírito foi corporativa e capacitou-os para o serviço e o testemunho. No v. 23, o poder de perdoar pecados, dado aos discípulos, não se aplica aos cristãos de hoje, a não ser no sentido de que retemos ou impedimos o pecado à medida que apresentamos o evangelho ao pecador. No Novo Testamento, não há nenhum exemplo de perdoar pecado feito por qualquer apóstolo. Pedro (At. 10.43) e Paulo (At. 13.38) falam sobre a autoridade de Cristo. Não há dúvida de que os discípulos tinham privilégios especiais, mas nós não temos esses direitos hoje.

         3. TOMÉ VIU O SENHOR (20.26-31)
Tomé não estava presente no primeiro encontro com o Senhor. Quantas coisas perdemos ao não irmos à congregação local. Observe a afirmação e Tomé: “Se eu não vir ... de modo algum acreditarei” (v. 25). Chamavam-no Dídimo, que significa “gêmeo”. Ele tem muitos pares hoje.
No Dia do Senhor, o seguinte após a ressurreição, “passados oito dias”, Jesus apareceu quando os discípulos estavam reunidos e dirigiu-se a Tomé. Que amor perdoador demonstrou por ele! Tomé viu o Senhor e fala com ele (v. 27). O testemunho dele é emocionante: “Senhor meu e Deus meu!”. A visão das feridas de Cristo ganhou seu coração. Cristo afirma que você e eu temos a mesma garantia e benção, pois estamos entre os que crêem nele, embora não o tenhamos visto.
Você vê os diferentes resultados dessas três aparições de Cristo à medida que as revê. Com Maria Madalena, a questão era seu amor por Cristo. Ela sentia saudades dele e queria cuidar de seu corpo. Com os discípulos, trata-se da esperança deles. Eles perderam toda a esperança e se trancaram em uma sala com medo! Com Tomé, o problema era a fé: ele não acreditaria sem ver as provas. Nossa fé está segura porque Jesus Cristo está vivo hoje. “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé” (1 Co. 15.17). Mantemos a esperança viva por causa de sua ressurreição. Primeira aos Coríntios 15.19 afirma: “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens”.
Nos vv 30 e 31, João afirma o objetivo de seu evangelho: os pecadores devem crer e ter vida eterna por intermédio de Cristo. À medida que lemos esse evangelho, encontramos muitas pessoas que creram e ganharam vida eterna: (1) Natanael (1.50); (2) os discípulos (2.11); (3) os samaritanos (4.39); (4) o oficial do rei (4.50); (5) o cego que foi curado (9.38); (6) Marta (11.27); (7) os judeus que viram Lázaro ressuscitar (12.11); e (8) Tomé (20.28). Todos eles deram o mesmo testemunho: “Eu creio”.

3 comentários:

  1. Pr. Gualter
    A paz

    Eu vi o Senhor profetizando vitórias e muitas bençãos para o editor deste blog.
    Bela mensagem
    Seu conservo em Cristo

    Ps veja o jogo do mistério lá no nosso espaço e comente.

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  2. Caro Pr. Gualter,

    A Paz do Senhor!

    Se o Alberto Couto viu quem sou para dizer que não será assim. Sim, assim será! Primeiro por que Deus assim o quis; Segundo por que o Alberto viu (rsrs); e Terceiro porque Deus costuma recompensar quem trabalha com zelo e excelência!

    Essa sequência de textos sobre o Senhor Jesus está ótima! Parabéns pelo seu excelente blog e postagens como esta.

    Deus lhe abençoe!!!

    No Amor de Cristo!

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  3. Caro amigos Alberto Couto e Pr. Guedes,

    A visita de vocês em meu simples blog, me deixa muito honrado. Pessoas de grande conhecimento da palavra. Sobre o que o Alberto viu, eu acredito também, até porque, estou aguardando uma resposta de Deus para algo de grande importância na minha vida. Conto para vocês depois. E o "Terceiro" do Guedes, meu amigo, é o mínimo que posso fazer por aquele que morreu por mim. É ter zelo pelo que tem me dado e confiado. Espero que a leitura das postagens tenha realmente alimentado a alma daqueles que prezam o verdadeiro ensino na palavra, hoje tão deturpada, porque muitos não estão disposto a estudar a bíblis sistematicamente. Pr. Guedes e meu amigo Alberto Couto. Estes estudo é o que tenho ministrado nas terças feiras em minha igreja. Tiro xerox em quantidade para distribuir para o povo, e estudamos juntos em nossa igreja. hoje, ministrei o último capítulo do livro de João. e tinha mais gente do que no domingo em nossa Igreja. Então entendo que ovelha gosta de boa comida.

    Um beijão em vossos corações.

    Pr. GG

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