sexta-feira, 3 de setembro de 2010

JESUS COMO O REI (João Cap. 12)

I.                    CRISTO E SEUS AMIGOS (12.1-11)
Enquanto os líderes judeus tramavam para matar Cristo (11.53, 57), os amigos dele o honravam com uma ceia, em Betânia. Marcos 14.3 indica que a ceia foi na casa de Simão, aparentemente um leproso que Jesus havia curado. Marta serviu a refeição, porém dessa vez não tinha nada de agitação e da frustração que demonstrara antes. (Veja Lc. 10.38-42). Ela aprendera o segredo de deixar Cristo controlar sua vida. Como já mencionamos, Marta representa o serviço para Cristo, Maria, a adoração (no Evangelho, ela está sempre aos pés de Jesus), e Lázaro fala de nosso caminhar e do nosso testemunho.
O bálsamo que Maria usou custava um ano de salário de um trabalhador comum. Maria reservou-o para ungir Cristo e mostrar seu amor. Como é muito melhor seu amor. Como é muito melhor demonstrar o amor que sentimos pelas pessoas antes que elas morram! Ela poderia ter usado esse bálsamo no irmão quando ele morreu, mas ela guardou o que tinha de melhor para Cristo. Sempre há um crítico para reclamar quando um crente demonstra seu amor por Cristo. O coração de Judas não era justo, portanto sua boca dizia coisas erradas. Veja como Cristo (nosso advogado – 1 Jo. 2.1) defende Maria. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Veja também Zc. 3, em que Satanás acusa Josué, e o Senhor o defende.)
Devemos seguir o exemplo de devoção de Maria. Ela oferece o seu melhor, ela oferece em profusão, ela oferece apesar da crítica, ela oferece com amor. Cristo honrou-a por sua adoração (veja Mc. 14.7) e defendeu-a dos ataques de Satanás. 

II.                  JESUS E OS GENTIOS (12.12-36)
No nascimento dele, vieram gentios do oriente; em sua morte, os gentios vêm de novo. Por que João os menciona nesse ponto? Porque agora o Rei foi rejeitado por Israel. Os judeus disseram: “Mestre, queremos ver de tua parte algum sinal”  (Mt. 12.38); no entanto, os gentios disseram: “Nós queremos ver Jesus !”. Filipe tinha nome grego, por isso os visitantes que queriam ver Jesus foram a ele, e ele levou o assunto a André, que também tinha nome grego. (Nota: em todas as passagens do evangelho de João em que André aparece, ele está levando alguém até Jesus: veja 1.40-42; 6.8-9 e 12.22. Que exemplo de ganhador de almas!).
Cristo menciona os gentios quando fala de ser “levantado” na cruz. Em Mateus 10.5 e 15.24, Cristo ensinou seus discípulos a evitar os gentios; todavia, agora ele diz que os gentios também serão salvos pela cruz. Cristo é o grão de trigo que deve morrer antes de frutificar e dar ao mundo a oportunidade de ser salvo.
Cristo tinha que ser levantado para que “todos” (v. 32, judeus e gentios) fossem atraídos a ele. Isso não significa todas as pessoas, sem exceção, mas todas as pessoas independentemente da raça. Mais uma vez, Cristo menciona “a hora” (vv. 23, 27). Em 2.5, foi sua primeira menção a isso, e em 7.30, 13.1 e 17.1, ele mencionar isso de novo. Trata-se da hora da morte dele, mas ele chama-a de hora de sua glória! Repare que Cristo convida “alguém” (v. 26). O chão é plano aos pés da cruz, quer dizer, nem judeus nem gentios têm qualquer vantagem especial. “Todos pecaram [...] não há justo[s]” (Rm. 3.23, 10). 

III.               CRISTO E OS JUDEUS (12.37-50)
As últimas palavras do ministério público de Cristo (vv. 35-36) foram uma advertência terrível contra deixar passar a oportunidade de salvação. Veja a cena: “Jesus disse estas coisas e, retirando-se, ocultou-se deles”. Nos versículos seguintes, o apóstolo João explica por que Cristo escondeu-se e por que os judeus estavam condenados.

Para início de conversa, eles rejeitaram a evidência (v. 37). A luz tinha estado acesa, mas eles se recusaram a crer na luz e a segui-la. Observe os resultados terríveis da rejeição continuada à Palavra de Cristo (vv. 37-41):
(1)     Eles não creram (v. 37), apesar de ver as evidências de sua filiação divina.
(2)     Eles não podiam ver (v. 39) porque o coração deles endureceu, e seus olhos ficaram cegos.
(3)     Por isso, Deus disse: “Não podiam crer” (v. 39) porque rejeitaram a graça dele!

Isaías 53.1 predisse a descrença deles, e Isaías 6.10, a dureza do coração deles. Note que João  12.40, que cita Isaías 6.10, afirma que Deus cegou os olhos e endureceu o coração daqueles que insistem em rejeitar a Cristo! Encontramos esse versículo sete vezes na Bíblia, e em todas elas ele fala de julgamento: Is. 6.10, Mt. 13.14, Mc. 4.12; Lc. 8.10; Jo. 12.40; At. 28.26 e Rm. 11.8. Ele é uma advertência constante que lembra o não-salvo de não encarar suas oportunidades espirituais de forma leviana. “Enquanto tendes a luz, crede na luz” (v. 36)! “Buscai o Senhor enquanto se pode achar” (Is. 55.6).

Mencionamos antes que João apresenta o conflito entre luz e trevas. A luz simboliza a salvação, a santidade, a vida; as trevas representam a condenação, o pecado, a morte. João fala de quatro tipos diferentes de trevas:
(1)     As trevas mentais (Jo. 1.5-8, 26). Satanás cega a mente do pecador (2 Co. 4.3-6), e este não pode enxergar as verdades espirituais.
(2)     As trevas morais (Jo. 3.18-21). O não-salvo ama o pecado e odeia a luz.
(3)     As trevas de condenação (Jo. 12.35,36). Se os homens não obedecem à luz, Deus envia as trevas, e Cristo esconde-se deles.
(4)     As trevas eternas (Jo. 12.46). “Permanecer” nas trevas significa viver para sempre no inferno.

Nos versículos 42-50, João cita Cristo e mostra por que muitas pessoas rejeitam a luz. Alguns rejeitam Cristo por medo dos homens (vv. 42-43). Ap. 21.8 apresenta uma lista dos tipos de pessoas que irão para o inferno, e os covardes encabeçam a lista. No vers. 48, Cristo afirma que a rejeição à Palavra de Deus leva à condenação. A salvação vem pela Palavra (Jo. 5.24), e a própria Bíblia que os homens rejeitam hoje será uma evidência contra eles no julgamento.
Esse capítulo encerra o registro de João sobre o ministério público de Cristo. É um capítulo solene. Mais uma vez, ele adverte-nos de não ousarmos brincar com nossas oportunidades espirituais. A luz não brilhará para sempre, pois Cristo, algum dia, se esconderá dos que não se preocupam com a salvação que ele nos oferece ou com a Palavra dele. Pv. 1.20-33 é um bom conselho ao qual devemos prestar atenção. 

Pr. Gualter Guedes

4 comentários:

  1. Adorei seu livro sobre jejum,é uma prática que muito tenho prazer em fazer.Ha quase um mês não jejuo porque uma situação constrangedora estava me afastando dele,sempre que jejuo achava que só podia fazer pela manhã(ou que pelo menos era o mais correto)e devido ficar sem o café da manhã passava o restante do dia com uma dor de cabeça muito forte,agora vou rever meus conceitos sobre jejum e iniciar essa prática maravilhosa.Deus abençoe.Espero sua visita.

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  2. Pr. Gualter Guedes é para mim um enorme prazer postar o meu humilde comentário no seu Blog, visto que eu estou começando agora em toda minha trajetória de vida. Que aproveitar essa oportunidade para lhe pedir com muito carinho do meu coração a sua ajuda em oração e se o senhor me permite chegar até a ti para lhe pedir sempre que eu precisar uma palavra, pois sou jovem e não tenho o apoio que gostaria de ter do meu pai. Tudo que aprendi foi sem ele.
    Mas quero desde já agradecer por tudo. Se puder me ajude com o meu Blog, pois o meu sonho é ter um Blog igual ao seu Pr. aJude-me a construir o meu e deixe o seu comentário.
    Fique na paz do Senhor Jesus

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  3. Irmã Cristine,

    Foi um prazer tê-la aqui em meu BLOG. E mais ainda em saber que a irmã leu e gostou do livro. Obrigado, espero que tenha realmente lhe ajudado. Fizemos com carinho para o povo de Deus. Um abraço.

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  4. Irmão Carlos,

    Amei sua visita e estou a sua disposição para poder ajudá-lo no que for preciso. Mas sobre o BLOG, eu saí furçando e procurando, pesquisando e esta aí, deu no que deu. Ainda tenho muito para aprender. Mas o que eu souber e puder tirar suas dúvidas, esteja a disposição. Um abraço amigo

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