quinta-feira, 26 de agosto de 2010

JESUS COMO O PRÍNCIPE DA VIDA (João Cap. 11)

Nesse capítulo, João apresenta o sétimo milagre. Aqui vemos a salvação retratada como a ressurreição da morte, a vida dada ao morto. Lázaro representa de sete maneiras a salvação do pecador perdido. Daremos uma olhada de perto em cada uma delas.

I.                   I - ELE ESTAVA MORTO (11.14)
O não-salvo não está apenas doente; está morto espiritualmente (Ef. 2.1-3; Cl 2.13). A pessoa não reage a coisas como alimento, temperatura ou dor quando está morta fisicamente. E quando está morta espiritualmente, ela não responde às coisas espirituais. Ela não se interessa por Deus, pela Bíblia, pelos cristãos ou pela igreja até que o Espírito Santo comece a atuar em seu coração. Deus advertiu Adão de que a desobediência traria morte (Gn 2.15-17) – morte física (a separação entre a alma e o corpo) e espiritual (a separação entre a alma e Deus). Apocalipse 20.14 chama o inferno de segunda morte, que é a morte eterna. Os pecadores mortos para os caminhos de Deus precisam de vida nova em Jesus Cristo, não de instrução, remédios, moralidade ou religião.

II.                  ELE ESTAVA EM DETERIORAÇÃO (11.39)
Os evangelhos registram três ressurreições além da de nosso Senhor. Cristo ressuscitou uma menina de 12 anos (Lc. 8.49-56), um rapaz que estava morto havia horas (Lc. 7.11-17) e um homem idoso que esteve sepultado por quatro dias (Jo. 11). Eles apresentam o retrato de três tipos distintos de pecadores:
a)       A Menina – As crianças são pecadores, mas a depravação escancarada ainda não se alojou em sua vida.
b)       O Rapaz – Os jovens são pecadores que começam a mostrar a depravação exterior.
c)       O Velho – Os adultos são pecadores cuja depravação exterior é visível.
O ponto é que os três estavam mortos. Uma pessoa não pode estar “mais morta” que outra. A única diferença consiste no grau de deterioração. Hoje, isso também não é verdade em relação aos pecadores? O membro da igreja que só se preocupa em demonstrar um comportamento moral não está “deteriorado” como a pessoa de rua, embora ainda esteja morto.

III.               ELE FOI RESSUSCITADO E FOI-LHE DADO A  VIDA (11.41-44)
Os amigos judeus das irmãs podiam apenas ser solidários e chorar. Coube a Cristo dar vida ao homem. Como Cristo deu-lhe a vida? Pelo poder de sua Palavra. Foi essa a maneira como ele ressuscitou as três pessoas mortas mencionadas acima (veja Jo. 5.24 e Ef. 2.1-10). Por que Cristo ressuscitou Lázaro? Porque ele o amava (vv. 5, 36) e porque isso trazia glória para Deus (v. 4). Foi por isso que ele nos salvou. Ele nos salvou por causa de seu grande amor, embora merecêssemos morrer e ir para o inferno. (Leia de novo Ef. 1.13-14 e 2.1-10).
Lembre-se que a salvação não é um conjunto de regras; é vida (Jo 3.14-21, 36; 5.24; 10.10; 1 Jo. 5.10-13). Uma pessoa é essa vida – Jesus Cristo. O pecador morto ganha a vida eterna quando ouve a voz do Filho de Deus (a Palavra) e crê (Jo 5.25). Rejeitar essa Palavra significa morte eterna.

IV.                ELE FOI DESATADO (11.44)
Lázaro tinha os pés e as mãos atados e não podia libertar-se sozinho. O crente não deve ficar preso pelas roupas mortuárias da vida antiga, mas caminhar na liberdade da nova vida. Leia Colossenses 3.1-17 com atenção para aprender como o cristão deve “despojar-se” das roupas mortuárias e revestir-se da “roupa da graça” da nova vida. O cristão que carrega consigo as coisas da vida antiga dá um testemunho pobre

V.                  ELE DÁ TESTEMUNHO PARA OUTROS (11.45)
Em João 11.45 e 12.9-11, 17, vemos que Lázaro causou bastante agitação na área! As pessoas o viram e creram em Cristo! Na verdade, ele era um milagre ambulante, da mesma forma que todo cristão também deve ser (Rm 6.4). A grande multidão que se juntou no Domingo de Ramos não estava lá apenas por causa de Cristo, mas também por causa de Lázaro. João 12.11 relata que as pessoas criam em Cristo por causa de Lázaro, todavia esse tipo de testemunho é o privilégio e o dever de todo cristão.

VI.                ELE TEVE COMUNHÃO COM CRISTO (12.1-2)
Ao olhar adiante, em 12:1-2, vemos Lázaro sentado à mesa com Cristo, ceando com ele. Esse é o lugar certo para o cristão que ele “ressuscitou, e [...] fez assentar [em] lugares celestiais em Cristo Jesus” Ef. 2.5-6). Lázaro mostrava sua gratidão pela misericórdia e pelo amor de Cristo ao passar um tempo com ele. Ele aprendeu com sua Palavra e recebeu novo poder para caminhar com Cristo e para testemunhar. O milagre da salvação nos dá vida eterna, todavia devemos comungar com Cristo todos os dias a fim de crescermos na vida espiritual.
É interessante notar que toda a família de Betânia demonstra como é a vida cristã. Maria está sempre aos pés de Jesus, escutando sua Palavra (Lc. 10.38-42; Jo 11.32; 12.3). Marta é o retrato do serviço; ela está sempre ocupada fazendo alguma coisa para Cristo. Lázaro fala de testemunho, o caminhar diário que leva outros a Cristo. Nossa vivência cristã deve incluir essas três práticas: adorar (Maria), serviço (Marta) e caminhar (Lázaro).

VII.             ELE FOI PERSEGUIDO (12.10-11)
Os judeus odiavam Lázaro porque ele convenceu outras pessoas da divindade de Cristo (12.10-11). Muitos dos principais sacerdotes eram saduceus e, por isso, não acreditavam na ressurreição, e Lázaro era a prova viva de que os saduceus estavam errados. Os sacerdotes teriam posto outra cruz no Calvário para Lázaro se não fossem dominados por Deus.  (“Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” – 2 Tm 3.12). Satanás sempre combate um milagre vivo que testifica a favor de Deus.

Pr. GUALTER GUEDES

Um comentário:

  1. Parabéns nobre amigo GUALTER,

    Acesse meu novo blog, me adicione e siga-me novamente por favor. Será um privilégio tê-lo comigo.

    http://moisespedrosa.blogspot.com/

    Um grande abraço, amado.

    No Senhor.

    Pr. Moisés Carneiro

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