A TRIBULAÇÃO
NÃO É ALGO QUE SEJA AUSENTE DA VIDA DO CRISTÃO (JOÃO 16.33)
I – ESCOLA DA TRIBULAÇÃO
A
palavra “Tribulação” é latina. Vem de
“tribulum”, palavra que designa um instrumento agrícola que era usado para desterroar, o rastelo, que
servia para o lavrador romano separar a espiga da sua palha. A palavra latina,
portanto, é bem elucidativa, pois nos mostra uma realidade espiritual: a
tribulação embora possa ferir e esmagar, purifica e torna mais excelente.
No AT,
as palavras usadas para tribulação significam “aflição”, “estreiteza”, que tem
o significado nosso de “angústia”, ou seja, uma sensação de aperto, de
diminuição de alternativas, de oportunidades. A tribulação é um instante em que
se sente a fragilidade do ser humano e como não temos nós o controle sobre o
que acontece no mundo e como dependemos única e exclusivamente de Deus.
No NT,
as palavras usadas para tribulação significam “pressão”, “opressão”, ou seja, a
tribulação traz-nos a idéia de que estamos sob pressão, que há forças que não
controlamos e que estão sobre nós. Neste instante, também temos a idéia, já
presente no AT, que, na tribulação, notamos a nossa fragilidade.
A tribulação, como se vê, portanto, tem
um aspecto espiritual positivo, importante, diríamos mesmo indispensáveis para
a vida do cristão, pois, por ela, alcançamos o aperfeiçoamento espiritual, que
é um dos objetivos que o Senhor quer que alcancemos enquanto estamos neste
mundo (Ef. 4.12).
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL DO
CRENTE – RM
5.1-5
A) SALVAÇÃO – justificação pela fé – paz com Deus – Rm 5.1
B) TRIBULAÇÃO – Rm
5.3
C) PACIÊNCIA –
Rm 5.3,4
D) EXPERIÊNCIA – Rm 5.4
E) ESPERANÇA – Rm 5.4,5
FINALIDADES DA TRIBULAÇÃO – At. 14,22
A) Levar-nos a glorificar o
nome do Senhor - Jo 17.1,4
B) Fazer-nos voltar às coisas
que, realmente, têm interesse nesta vida – Hb 10.34
C) Fazer-nos conhecer a nossa
estrutura espiritual – Sl 103,14; 139.23,24
D) Passarmos a ter uma relação
mais profunda com o Senhor – Gl 5.22
E) Surgir uma firmeza na vida
do crente – Sl 125.1
F) Iniciar um processo de
purificação do crente – o “fogo purificador” – Is 43.2
G) Ensinar-nos a obediência –
Hb 5.8b
H) Produzir a paciência – Rm
5.3
Paciência
– qualidade do caráter cristão, o chamado “fruto do Espírito” – Gl 5.22
Paciência
– Paz + ciência
A
paciência nos dá condições de suportarmos a tribulação – I Co 10.13
Paciência
não é falta de iniciativa, passividade ou inércia – Sl 40.1,5
Paciência
gera a experiência – Rm 5.4
Experiência
quer dizer “prova judicial”, “prova utilizada para a comprovação de um fato”
A
experiência torna o crente uma referência para os outros – Lc 23.47
Um cristão deve ter experiências genuínas
com o Senhor para que possa cumprir sua missão, dar frutos permanentes e ajudar
as demais pessoas
A
experiência proveniente da tribulação gera-nos esperança – Rm 5.4
Esperança
depois da prova, é viva, fruto de experiência, multiplicada em relação à
surgida com a conversão.
II – NADA NOS
SEPARA DO AMOR DE CRISTO
Deus é
amor – I João 4.8b
Tribulação
– oportunidade das mais excelentes para experimentarmos o amor de Deus.
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