segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL E UM FELIZ 2012



Eu e minha esposa Karla Lilian Guedes, desejamos a todos os nossos amigos “Seguidores e Visitantes”, votos de um Feliz Natal e próspero Ano Novo cheio de paz e felicidade, com Cristo Jesus nosso Senhor.


Que haja realizações em suas vidas. Que sonhos, deixem de ser sonhos e passem a ser conquistas. E continuemos a Sonhar. Pois um homem sem sonhos é como folha murcha. 

Que haja aumento da fé, Graça e Conhecimento da Pessoa do nosso Senhor JESUS.
Aumento da fé, para passarmos as barreiras;
Aumento da Graça, para podermos viver uma vida debaixo da misericórdia de Cristo e unção do Espírito Santo; e
Aumento do Conhecimento, para podermos conhecer e entender o nosso Pai melhor. Pois sem o conhecimento não saberemos como Ele é. E como disse Oséias, “Muitos são destruídos por falta de conhecimento”.





Que Deus abençoe a todos, e que tenham uma noite de Natal abençoada e o ano de 2012 cheio de Paz e Felicidade.






“O Senhor te abençoe e te guarde;
  O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti;
  O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a Paz.
  Assim, porão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei”. Nm. 6.22-27

terça-feira, 15 de novembro de 2011

"NOITES TRAIÇOEIRAS" OU "DEUS ESTÁ AQUI"

FAZENDO JUSTIÇA - Como muitos estão pensando esta música muito cantada nos templos católicos e que estão dizendo que é de autoria do Padre Marcello Rossi, não é. O padre canta a música e intitulou em seu CD como sendo "NOITES TRAIÇOEIRAS", não é.

Esta canção é de autoria do Irmão em Cristo o Cantor JOSÉ CARLOS PAPAE, do Conjunto "VOZES DE SIÃO" de Teresópolis/RJ. Um servo de Deus que muito contribuiu para o cenário da música evangélica.

Esta música ao contrário de que muitos pensam não tem como título "NOITES TRAIÇOEIRAS" e sim "DEUS ESTÁ AQUI". Noites Traiçoeiras foi dado pelo Marcelo Rossi.



"ESTE LOUVOR POR SER TÃO BELO, TOMOU UMA DIMENSÃO TÃO GRANDE QUE ATÉ O PADRE MARCELO PASSOU A CANTAR E MUITOS PENSAM QUE O HINO É DELE, COMO ACONTECE COM OUTROS LOUVORES EVANGÉLICOS CANTADOS POR ELE. EU NÃO SEI SE ELE ADQUIRIU OS DIREITOS AUTORAIS DESTE E DE OUTROS HINOS, MAS SERIA BOM QUE TODOS SOUBESSEM DISTO." (Anônimo)

O QUE ACHO DISSO:  Eles deveriam andar com suas próprias pernas. É muito fácil copiar o que está pronto. Gostaria de ver o Pe. Marcelo Rossi dizer quem é o autor desta canção. Sabe porque cantam nossos hinos? Porque vem de inspirações de servos de Deus que muita das vezes compõem seus hinos em baixo de Jejum e Oração. A diferença está na Unção e no nome real de JESUS CRISTO.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Voltei - Depois de muito tempo. Saudades

Em Tempo:    Pr. Newton Carpintero visita o Pr. Gualter Guedes
Amigos, no dia 18 de setembro recebi uma visita maravilhosa que me trouxe grande felicidade, esteve comigo em minha Igreja sede, Bairro de  em Padre Miguel - RJ, nada mais nada menos, que o nosso amigo e querido Blogueiro Pr. Newton Carpintero. Sabendo eu de sua visita ao Brasil imediatamente o convidei para estar pregando em minha Igreja, onde Deus nos abençou muito com sua presença. 
Se sentindo em casa, cantou em nosso coral e fez muitos amigos aqui. E não pude deixar de dizer para o amigo: "Que só falta agora ele trazer a Carta de Mudança para Padre Miguel" . Nosso Presidente Pr. Eliezer Germano de Sá se sentiu muito honrado com a visita de Newton Carpintero em nosso campo e deixou as portas abertas para quando voltar venha nos visitar. Fiquei muito feliz com a visita deste querido amigo e grande blogueiro.




Pr. Gualter Guedes e Newton Carpintero













Com o Pr. Eliezer Germano de Sá

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

2º ESPED - Encontro de Superintendentes e Professores de EBD

No dia de nossa independência estava na casa do Senhor - 07SET11
Encontro de Professores de Escola Dominical - Missão Ágape

Neste 7 de Setembro de 2011, Nos reunimos na Igreja Evangélica Missão Ágape, Pastoreada pelo Pr. Ednaldo, situada na rua Guilherme dos Santos Andrade, 331 - Galo Branco - São Gonçalo. Pr. Gualter Guedes, Pr. Fernando Portugal e Pra. Maria Valda. Ministrando o 2º ESPED (Encontro de Superintendentes e Professores de Escola Dominical). Duas ministrações na parte da manhã e uma ministração na parte da tarde, com um excelente café da manhã e um almoço maravilhoso. 
O encontro foi fenomenal, com irmãos de várias Igrejas e Denominações e todos animados por estar na Casa do Senhor, no nosso 7 de setembro.  DEUS SEJA LOUVADO!!! Veja as fotos do Encontro:

Pra. Maria Valda / Pr. Fernando Portugal / Pr. Gualter Guedes

O Pr. Edinaldo, Presidente da Missão Ágape no apresentando aos professores

Ministração do Pr. Portugal


Ministração do Pr. Gualter Guedes


Ministração da Pra. Maria Valda

quinta-feira, 28 de julho de 2011

ASSEMBLEIA DE DEUS – Sua História


Assembleia de Deus chegou ao Brasil por intermédio dos missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, que aportaram em Belém, capital do Estado do Pará, em 19 de novembro de 1910, vindos dos EUA. A princípio, frequentaram a Igreja Batista, denominação a que ambos pertenciam nos Estados Unidos. Eles traziam a doutrina do batismo no Espírito Santo, com a glossolalia — o falar em línguas estranhas — como a evidência inicial da manifestação para os adeptos do movimento. A manifestação do fenômeno já vinha ocorrendo em várias reuniões de oração nos EUA (e também de forma isolada em outros países), principalmente naquelas que eram conduzidas por Charles Fox Parham, mas teve seu apogeu inicial através de um de seus principais discípulos, um pastor negro leigo, chamado William Joseph Seymour, na Rua Azusa, Los Angeles, em 1906. 


A nova doutrina trouxe muita divergência. Enquanto um grupo aderiu, outro rejeitou. Assim, em duas assembleias distintas, conforme relatam as atas das sessões, os adeptos do pentecostalismo foram desligados e, em 18 de junho de 1911, juntamente com os missionários estrangeiros, fundaram uma nova igreja e adotaram o nome de Missão de Fé Apostólica, que já era empregado pelo movimento de Los Angeles, mas sem qualquer vínculo administrativo com William Joseph Seymour. A partir de então, passaram a reunir-se na casa de Celina de Albuquerque. Mais tarde, em 18 de janeiro de 1918 a nova igreja, por sugestão de Gunnar Vingren, passou a chamar-se Assembleia de Deus, em virtude da fundação das assembleias de Deus nos Estados Unidos, em 1914, em Hot Springs, Arkansas, mas, outra vez, sem qualquer ligação institucional entre ambas as igrejas. 

A Assembleia de Deus no Brasil se expandiu pelo Estado do Pará, alcançou o Amazonas, propagou-se para o Nordeste, principalmente entre as camadas mais pobres da população. Chegou ao Sudeste pelos idos de 1922, através de famílias de retirantes do Pará, que se portavam como instrumentos voluntários para estabelecer a nova denominação aonde quer que chegassem. Nesse ano, a igreja teve início no Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão, e ganhou impulso com a transferência de Gunnar Vingren, de Belém, PA, em 1924, para a então capital da República. Um fato que marcou a igreja naquele período foi a conversão de Paulo Leivas Macalão, filho de um general, através de um folheto evangelístico. Foi ele o precursor do assim conhecido Ministério de Madureira, como veremos adiante. 

A influência sueca teve forte peso na formação assembleiana brasileira, em razão da nacionalidade de seus fundadores, e graças à igreja pentecostal escandinava, principalmente a Igreja Filadélfia de Estocolmo, que, além de ter assumido nos anos seguintes o sustento de Gunnar Vingren e Daniel Berg, enviou outros missionários para dar suporte aos novos membros em seu papel de fazer crescer a nova Igreja. Desde 1930, quando se realizou um concílio da igreja na cidade de Natal, RN, a Assembleia de Deus no Brasil passou a ter autonomia interna, sendo administrada exclusivamente pelos pastores residentes no Brasil, sem contudo perder os vínculos fraternais com a igreja na Suécia. A partir de 1936 a igreja passou a ter maior colaboração das Assembleias de Deus dos EUA através dos missionários enviados ao país, os quais se envolveram de forma mais direta com a estruturação teológica da denominação. 



terça-feira, 26 de julho de 2011

JESUS NO GETSÊMANI - Mt. 26.36-46

Getsêmani --> Lagar de azeite: Jardim situado ao nascente de Jerusalém, logo ao atravessar o Cedron, no sopé do monte das Oliveiras. Lugar para onde Jesus tinha costume de se retirar, Lc. 22.39-46; Jo 18.1-11. O jardim onde ocorreu a cena da Sua agonia, Mt. 26.36

Aquele que fez a expiação pelos pecados da humanidade submeteu-se no jardim do sofrimento à vontade de Deus, contra a qual rebelado o homem em um jardim de prazeres. Cristo levou consigo a esta parte do jardim onde sofreu a sua agonia, somente aos que haviam presenciado a sua glória em sua transfiguração. Estão mais bem preparados para sofrer com Cristo os que, por fé, têm contemplado a sua glória. As palavras usadas denotam a rejeição, o assombro, a angústia e o horror mental mais completo e profundo; o estado de alguém rodeado de sofrimentos, esmagados por misérias, e quase consumidos pelo terror e pelo desânimo.

Agora começou a entristecer-se, e não deixou de estar assim até que disse: “Está consumado”. Ele orou para que se fosse possível o cálice passasse dEle. Mas também mostrou sua perfeita vontade de levar a carga de seus sofrimentos; estava disposto a submeter-se a tudo por nossa redenção e salvação. Conforme este exemplo de Cristo, devemos beber o cálice mais amargo que Deus coloque um nossas mãos; ainda que nossa natureza se oponha a isto, deverá submeter-se. Devemos nos preocupar mais em fazer com que nossas tribulações sejam santificadas, e nossos corações se satisfaçam submetidos a elas, do que conseguir que os problemas sejam eliminados.

Bom, é para nós que, nossa salvação esteja na mão daquele que não tosqueneja nem dorme. Todos somos tentados, mas devemos ter grande temor de cairmos em tentação. Para estarmos a salvo disto, devemos                                  vigiar e orar e olhando continuamente para o Senhor, para que Ele nos sustenha e estejamos a salvo.

Sem dúvida nosso Senhor tinha uma visão clara e completa dos sofrimentos que ainda teria de suportar, e mesmo assim falou com a maior calma até este momento. Cristo é a garantia responsável por dar contas por nossos pecados. Como consequência, foi feito pecado por nós e sofreu por nossos pecados, o justo pelo injusto. E a Escritura atribui os seus sofrimentos mais intensos à mão de Deus. Ele tinha pleno conhecimento do infinito mal do pecado e da imensa magnitude da culpa pela qual faria expiação, com horrendas visões da justiça e santidade divina, e do castigo merecido pelos pecados dos homens, tais que nenhuma língua pode expressar e nenhuma mente conceber. Ao mesmo tempo Cristo sofreu sendo tentado; provavelmente Satanás sugeriu horríveis pensamentos, todos tendenciosos a tirar uma conclusão sombria e espantosa: estes devem ter sido os mais difíceis de suportar por sua santidade perfeita. E se a carga do pecado imputado pesou tanto na alma daquele de quem foi dito: “Sustenta todas as coisas com a palavra de seu poder”, em que miséria devem desfalecer aqueles, cujos pecados pesam sobre suas próprias cabeças? Como escaparão aqueles que se descuidam de uma tão grande salvação?


sábado, 16 de julho de 2011

Enfrentando a morte com confiança

"Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo..." - Salmo 23.4

Um dia, Jesus virá e levará cada um de nós para a Sua casa. "Como vamos chegar lá?" você pergunta. "Pelo vale da sombra da morte". Este versículo é citado nos túmulos dos pobres e esculpido nas lápides dos presidentes por duas razões. Primeiro, porque todos n´s temos de enfrentar a morte. Alguns idosos estavam descansando no pátio do asilo. Um deles olhou para cima enquanto um grande grupo de pássaros voava acida de suas cabeças. Ele cutucou seu companheiro que havia cochilado. "Frank, é melhor você se mexer um pouco, parece que aqueles abutres estão estão olhando para nós". A Bíblia diz: "... aos homens está ordenado morrerem uma só vez..." (Hb. 9.27). Mais cedo ou mais tarde, uma dessas aves pode querer se mudar para sua casa; você vai estar pronto? Isto também é citado para nos lembrar que não teremos de enfrentá-la sozinhos. Donna Spratt escreveu" Para dar início a um debate sobre valores, um pastor de jovens fez esta pergunta aos adolescentes: "O que vocês fariam se um médico lhes dissesse que vocês só têm 24 horas de vida? As respostas dos adolescentes foram, principalmente: "Ficar com os amigos e com a família". Mas a discussão terminou quando Jason, nosso filho de 13 anos, disse: "Eu buscaria uma segunda opinião". No que se refere a opiniões sobre a morte, apenas uma conta. "Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?" (Jo. 11.25, 26). Alegre-se, você não terá de fazer a jornada sozinho. Além do mais, qualquer coisa de que você abra mão por Cristo nesta vida não será nada comparado ao que você herdará na próxima.

terça-feira, 28 de junho de 2011

JESUS COMO O RESTAURADOR DO ARREPENDIDO (João Cap. 21)

     O capítulo final mostra Cristo como o Mestre de nosso serviço e o Amigo dos pecadores. Se não houvesse esse capítulo, não saberíamos o que aconteceu entre Pedro e o Senhor e se realmente resolveram ou não a questão a respeito da desobediência dele.

  1. UMA NOITE DE DERROTA (21.1-3)
Pedro, sem receber nenhuma ordem nesse sentido, voltou à pescaria. Ele abandonou de vez o seguir Cristo (Lc. 5.1-11) e, agora, voltava à antiga vida. Tudo nessa cena fala de derrota: (1) está escuro, o que indica que não caminhavam na luz; (2) eles não tiveram uma palavra direta do Senhor; (3) não conseguiram nada com seu esforço; (4) eles não reconheceram a Cristo quando este apareceu, o que indica que a visão espiritual deles estava obscurecida. Pedro, ao tomar uma decisão precipitada, fez com que outros seis homens também errassem. A má influência é algo muito ruim. Temos de lembrar que Deus nos abençoa apenas quando permanecemos em Cristo e obedecemos à Palavra. “Sem mim nada podeis fazer” (15.5). Muitos cristãos empreendem atividades que contrariam a Bíblia, embora sejam bem-intencionados, e só perdem tempo, dinheiro e energia por nada. Sejamos pacientes. É melhor esperar a orientação do Senhor e, assim, receber sua bênção, que nos envolvermos por conta própria em atividades inúteis.

  1. UMA MANHÃ DE DECISÕES (21.4-7)
A luz começa a brilhar quando Cristo entra em cena. Da praia, ele os instrui, assim, eles pegam uma quantidade enorme de peixe! Poucos minutos de atividades sob o controle de Cristo realizam muito mais que uma noite inteira de esforço carnal! É interessante comparar esse milagre com o do início da carreira de Pedro relatado em Lucas 5.

LUCAS 5
1.        Após uma noite de fracasso
2.        Não informa a quantidade exata de peixes que pescaram
3.        As redes começam a quebrar
4.        Cristo dá instruções do barco.
            JOÃO 21
1.        Após uma noite de fracasso
2.        Pescaram 153 peixes (v. 11)
3.        A rede não se rompe
4.        Cristo dá instruções da praia

             Vejo nessas cenas um retrato da igreja hoje (Lc. 5) e do fim desta era, quando Cristo retornar (Jo. 21). Hoje, lançamos a rede do evangelho, no entanto ela se rompe muitas vezes, e não sabemos quantas almas realmente ganhamos, o que gera um sentimento de fracasso. Todavia, saberemos o número exato de almas ganhas quando Cristo retornar, e nenhuma será perdida. Hoje, muitos pescadores e barcos participam da pescaria, mas, quando ele retornar, veremos uma só igreja e todos os redimidos em uma só rede de evangelho.
            Na verdade, esse capítulo apresenta muitos milagres além da pescaria. Pedro recebe uma força milagrosa que o capacita a puxar uma rede que sete homens juntos não conseguem lançar (vv. 6, 11).
            É surpreendente a rede não se romper. Com certeza, a refeição matinal de peixes cozidos na brasa e pão foi suprida de forma milagrosa. O desígnio da cena toda era despertar a consciência de Pedro e abrir seus olhos. A pescaria lembrou-o de sua decisão anterior de abandonar tudo e seguir a Cristo. As brasas do carvão o levaram de volta à sua negação (Jo. 18.18). A localização – mar da Galiléia – lembrou-o de várias experiências passadas com Cristo: a Alimentação dos 5 mil, o caminhar sobre as águas, o peixe com a moeda, a tempestade que foi acalmada, etc.
          Como Pedro negou Cristo três vezes em público, ele tinha de corrigir isso publicamente. Observe que Cristo alimentou Pedro antes de lidar com o pecado dele. Só o Senhor é capaz de nos abençoar primeiro, para depois lidar conosco! A questão era o amor de Pedro por Cristo (v. 15-17).
          A vida do homem que realmente ama Cristo é devotada e dedicada. Veja que Cristo dá um novo comissionamento a Pedro: agora, além de ser um pescador de homens, ele é um pastor. (veja 1 Pe. 5). Agora, ele é o pastor das ovelhas e alimenta-as com a Palavra de Deus. Espera-se que todos os cristãos sejam pescadores de homens (ganhadores de almas), mas alguns são chamados para o ministério especial de pastorear o rebanho. Não há nada de bom em ganhar o perdido se não houver uma igreja que possa alimentá-lo e cuidar dele.

  1. UM DIA DE DEDICAÇÃO (21. 18-25)
Há uma grande diferença entre filiação (ser salvo) e discipulado (seguir o Senhor). Nem todos os cristãos são discípulos. Pedro não perdeu  sua filiação quando pecou, mas afastou-se de seu discipulado. Por isso, Cristo repetiu seu chamado: “Segue-me”. Cristo também confronta Pedro com a cruz (v. 18), uma indicação de que Pedro também seria crucificado. (Veja 2 Pe. 1.12-14). Temos de tomar a nossa cruz antes de seguir a Cristo. Essa ordem assume um novo significado quando lembramos que, antes, Pedro tentara afastar Cristo da cruz (Mt. 16.21-28).
Mais uma vez, Pedro comete um erro trágico: ele desvia seus olhos do Senhor e começa a olhar os outros, nesse caso João. Devemos manter nosso olhar apenas em Cristo se quisermos segui-lo (Hb. 12.1-2). Não é “da nossa conta” como Cristo lida com os outros cooperadores; nossa tarefa é seguir a Cristo e lhe obedecer. (veja Rm. 14), para saber como devemos nos relacionar com os outros cristãos).
João termina seu evangelho com a afirmação de que, se escrevesse tudo que Cristo fez na vida, o mundo seria pequeno para a quantidade de livros necessários para o relato. Os quatro evangelhos não são “vidas de Cristo”, mas quatro retratos de Jesus com ênfase em aspectos distintos. João diz que seria impossível relatar sua vida completa.
Não leríamos a respeito de Pedro em Atos 1, se, em João 21, ele não tivesse se encontrado com o Cristo, confessado seu pecado e afirmado seu amor. Mais tarde, Deus pôde usar Pedro, porque se endireitou com o Senhor. Cristo abençoa e usa os que o seguem.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

JESUS COMO O CONQUISTADOR DA MORTE (João Cap. 20)

Esse capítulo registra três aparições de Cristo pós-ressurreição. Cada aparição trouxe um resultado diferente na vida dos envolvidos.

1. MARIA VIU O SENHOR (20.1-18)
Cristo expulsou sete demônios de Maria Madalena (Lc. 8.2), e ela o amava com ternura. Maria Madalena, em sua confusão e desapontamento, apressou-se em tirar conclusões e pensou que alguém roubara o corpo de Cristo. Ela correu para contar a Pedro e João, que, por sua vez, foram até a sepultura.
O que fez João passar à frente de Pedro (v. 4)? Talvez houvesse uma razão física: João era mais jovem que Pedro. Contudo, também há uma lição espiritual aqui: Pedro ainda não reafirmara sua devoção a Cristo, e, por isso sua “energia espiritual” estava baixa. Isaías 40.31 afirma  que os que esperam no Senhor “correm e não se cansam”. O pecado de Pedro afetou seus pés (v. 4), seus olhos (Jo. 21.7), seus lábios (ele negou o Senhor) e até a temperatura de seu corpo (Jo. 18.18; e veja Lc 24.32.
O que os homens viram na sepultura? Eles viram os lençóis fúnebres com a forma do corpo, no entanto o corpo sumira! As vestes fúnebres repousavam como um casulo vazio. O lenço (para o rosto) estava separado do resto. Não era a cena de uma sepultura roubada, pois nenhum ladrão conseguiria tirar o corpo das vestes sem rasga-las nem desarrumar as coisas. Jesus retornara à vida em glória e em poder e passara através das vestes fúnebres e da própria sepultura! O v. 8 relata que os homens acreditaram na ressurreição por causa das evidências que encontraram. Mais tarde, eles encontram Cristo pessoalmente e crêem também nos testemunhos das Escrituras. Assim, em relação aos assuntos espirituais, há três tipos de provas em que se fundamentar: (1) a evidência que Deus fornece em sua Palavra; (2) a Palavra do Senhor; e (3) a experiência pessoal. Como o homem sabe que Cristo é real? Ele pode ver as evidências na vida dos outros, ler a Palavra e, se crer em Cristo, vivenciará isso pessoalmente. No v. 10, observe que eles voltam para casa sem proclamar a mensagem da ressurreição de Cristo. Apenas as simples evidências intelectuais não mudam as pessoas. Precisamos encontrar Cristo pessoalmente.
Foi isso que aconteceu com Maria Madalena: ela demorou-se e encontrou Cristo. Muitas vezes vale a penas esperar! (Veja Pv. 8.17). Ela viu dois anjos na sepultura, mas estava tomada pela dor para deixá-los confortá-la. No v. 12, a descrição dos anjos lembra-nos o propiciatório do Santo dos Santos (Êx. 25.17-19); agora, a ressurreição de Cristo é nosso propiciatório no céu. Maria Madalena deu as costas aos anjos, pois procurava Cristo; ela preferia ter o corpo de Cristo à visão do anjos! A seguir, ela viu uma pessoa, mas seus olhos estavam cegos, e não reconheceu Cristo. No v. 15, a palavra “supondo” explica toda a dor que ela sentia. Hoje, muitos cristãos são infelizes porque “supõem” algo que de forma alguma é verdade. Ela reconheceu Jesus quando ele disse seu nome. Ele chama o seus pelo nome (Jo. 10.3,4), e eles conhecem sua voz. Veja Isaías 43.1.
O v. 17 sugere que, no início da manhã do domingo de Páscoa, Cristo ascendeu ao céu a fim de apresentar sua obra terminada ao Pai. Essa ascensão secreta cumpre o tipo de sacrifício discutido em Lv. 23.1-14, o movimento das “primícias” no dia seguinte ao sábado (veja 1 Co. 15.23). O encontro de Maria Madalena com Cristo transformou-a.

2. OS DISCÍPULOS VÊEM O SENHOR (20.19-25)
Essa é a segunda menção ao “primeiro dia da semana” (20.1,19). O primeiro dia da semana é o domingo, não o sábado (o sabá judeu, o sétimo dia da semana). O sábado destina-se ao descanso após o trabalho e pertence à dispensação da Lei. O domingo é o Dia do Senhor, o primeiro dia da semana, e fala da vida e de descanso antes do trabalho. Lembra-nos a graça de Deus. Cristo atravessou a porta fechada em seu corpo glorificado e levou paz aos homens amedrontados. Observe que ele fala de paz duas vezes (vv. 19,21). A primeira “paz” refere-se à paz com Deus, fundamentada no sacrifício dele na cruz. Por isso, ele mostrou a eles suas mãos e o lado de seu corpo. A segunda trata-se da paz de Deus que vem da presença dele conosco (veja Fp. 4). Ele comissiona-os a assumir o lugar dele como embaixadores de Deus no mundo (veja Jo. 17.15-18).
O sopro do Senhor sobre eles lembra Gen. 2.7, em que Deus soprou vida em Adão, e 2 Tim. 3.16, que “inspirada” significa “sopro de Deus”. Essa ação foi pessoal e individual e deu-lhes a força e o discernimento espirituais que precisariam para cumprir seu comissionamento. Em Pentecostes, a vinda do Espírito foi corporativa e capacitou-os para o serviço e o testemunho. No v. 23, o poder de perdoar pecados, dado aos discípulos, não se aplica aos cristãos de hoje, a não ser no sentido de que retemos ou impedimos o pecado à medida que apresentamos o evangelho ao pecador. No Novo Testamento, não há nenhum exemplo de perdoar pecado feito por qualquer apóstolo. Pedro (At. 10.43) e Paulo (At. 13.38) falam sobre a autoridade de Cristo. Não há dúvida de que os discípulos tinham privilégios especiais, mas nós não temos esses direitos hoje.

         3. TOMÉ VIU O SENHOR (20.26-31)
Tomé não estava presente no primeiro encontro com o Senhor. Quantas coisas perdemos ao não irmos à congregação local. Observe a afirmação e Tomé: “Se eu não vir ... de modo algum acreditarei” (v. 25). Chamavam-no Dídimo, que significa “gêmeo”. Ele tem muitos pares hoje.
No Dia do Senhor, o seguinte após a ressurreição, “passados oito dias”, Jesus apareceu quando os discípulos estavam reunidos e dirigiu-se a Tomé. Que amor perdoador demonstrou por ele! Tomé viu o Senhor e fala com ele (v. 27). O testemunho dele é emocionante: “Senhor meu e Deus meu!”. A visão das feridas de Cristo ganhou seu coração. Cristo afirma que você e eu temos a mesma garantia e benção, pois estamos entre os que crêem nele, embora não o tenhamos visto.
Você vê os diferentes resultados dessas três aparições de Cristo à medida que as revê. Com Maria Madalena, a questão era seu amor por Cristo. Ela sentia saudades dele e queria cuidar de seu corpo. Com os discípulos, trata-se da esperança deles. Eles perderam toda a esperança e se trancaram em uma sala com medo! Com Tomé, o problema era a fé: ele não acreditaria sem ver as provas. Nossa fé está segura porque Jesus Cristo está vivo hoje. “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé” (1 Co. 15.17). Mantemos a esperança viva por causa de sua ressurreição. Primeira aos Coríntios 15.19 afirma: “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens”.
Nos vv 30 e 31, João afirma o objetivo de seu evangelho: os pecadores devem crer e ter vida eterna por intermédio de Cristo. À medida que lemos esse evangelho, encontramos muitas pessoas que creram e ganharam vida eterna: (1) Natanael (1.50); (2) os discípulos (2.11); (3) os samaritanos (4.39); (4) o oficial do rei (4.50); (5) o cego que foi curado (9.38); (6) Marta (11.27); (7) os judeus que viram Lázaro ressuscitar (12.11); e (8) Tomé (20.28). Todos eles deram o mesmo testemunho: “Eu creio”.

sábado, 11 de junho de 2011

JESUS COMO O SALVADOR CRUCIFICADO (João Cap. 19)

  1. ZOMBAM DE CRISTO (19.1-22)
Talvez Pilatos pensasse que açoitar Cristo (o que era ilegal) comovesse o coração das pessoas e, assim, estas o quisessem libertar depois disso. No entanto, elas tinham coração duro (12.40) e estavam determinadas a destruí-lo. Pilatos errou ao permitir que os soldados ridicularizassem Cristo pondo nele uma coroa, um manto e “na mão direita, um caniço” (Mt. 27.29). Compare essa cena com Ap. 19.1-21, em que todo joelho se dobrará diante dele.

Os judeus o acursaram de quebrar a lei porque afirmou ser Deus (veja 10.33). No entanto, Jesus provou ser o Senhor em seus milagres e em suas mensagens. Todavia, os pecadores de coração endurecidos estavam determinados a eliminá-lo e negaram-se a examinar as evidências.
No v. 9, por que Cristo não responde à pergunta de Pilatos? Porque Pilatos não obedeceu à verdade que já recebera, e Deus não revela mais verdade até que obedeçamos ao que já nos deu. No v. 10, a ostentação de Pilatos foi, na verdade, sua sentença de condenação! Ele devia ter libertado Cristo, pois tinha autoridade para isso e sabia que ele era inocente (19.4)! Cristo repreende Pilatos ao lembrá-lo de que toda autoridade vem de Deus (veja Rm. 13.1ss e Pv. 8.15-16). Pilatos estava nas mãos de Deus para cumprir um propósito especial, mas ainda assim foi responsável por sua decisão e pecou. (Veja Lc. 22.22). A frase “Quem me entregou a ti” (v. 11) refere-se a Caifás, não a Judas.
Eles clamaram: “Não temos rei, senão Cesar!” (v. 15). Em 6.15, os judeus queriam fazer de Cristo o rei deles e, em 12.13, eles o aclamaram como rei, mas agora o rejeitam. Essa é a terceira crise do evangelho de João. O crucificam (19.13-22).  (Crise nº 1 -> eles não caminham com ele (6.66,67). Crise nº 2 -> eles não acreditam nele (12.12-50)).
Pilatos tinha “a última palavra”, pois escreveu o título para a cruz: “JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS”. Os romanos costumavam pendurar uma placa no pescoço do prisioneiro, com o motivo da acusação, que depois pregavam na cruz, acima da cabeça dele. O “crime” de Cristo foi declarar-se rei! As três línguas em que foi escrito o título representavam as três grandes áreas da vida humana: religião (hebraico), filosofia e cultura (grego) e lei (latim). O título fala do pecado universal, pois as três maiores nações do mundo participaram da morte dele.
A religião, a filosofia e a lei não salvam o pecador perdido. O título também fala do amor universal – “Deus amou o mundo de tal maneira”. Além disso, o título anuncia a salvação para todo o mundo, pois Cristo é a sabedoria de Deus para os gregos, o poder dele para os judeus e a justiça dele cumpre sua lei santa (1 Cor. 1.18ss). O ladrão arrependido leu esse título, confiou em Cristo, e foi salvo.

  1. CRUCIFICAM A CRISTO (19.23-30)
João registra apenas três das sete declarações que Cristo fez do alto da cruz. Ele é cuidadoso na observação do cumprimento das Escrituras: no sorteio da túnica tecida sem costura (Sl. 22.18), no vinagre que lhe dão para beber (Sl. 69.21) e na ferida que lança do lado sem quebrar  qualquer osso (Sl. 34.20 com Êx. 12.46; Zc. 12.10). No entanto, observe que o v. 37 não diz que se cumpriu Zacarias 12.10, mas que essa passagem afirmava que ele seria traspassado. “Eles verão” em  um dia futuro, quando ele retornar em glória (Ap. 1.7). Deus cuidou de cada detalhe da crucificação.

Cristo, por fim, rompeu todos os seus laços familiares terrenos quando entregou Maria a João um ao outro. Foi Cristo quem controlou a situação, não Maria. Admiramos a devoção de Maria em ir até a cruz (Lc. 2.34,35). O silêncio dela prova que Jesus é Filho de Deus, pois uma palavra dela poderia salvá-lo. Afinal, quem conhece uma pessoa melhor que a mãe que o carregou no ventre?
A frase “Tenho sede” fala da agonia física e espiritual de Cristo, pois ele sofreu o tormento do inferno por nossos pecados. Ele sentiu sede para que nunca a sintamos. No texto grego, a frase “Está consumado” corresponde a uma palavra, tetelestai. Era uma palavra comum que os negociantes usavam para dizer: “O preço está pago”. Os pastores e os sacerdotes a usavam quando encontravam uma ovelha perfeita, pronta para sacrifício, e Cristo morreu como o Cordeiro perfeito de Deus. Os sacerdotes usavam essa palavra para dizer aos senhores que haviam terminado o trabalho. Cristo, o Servo perfeito, terminara a obra que o Pai lhe dera. Cristo abriu mão de sua vida de boa vontade e, de propósito, entregou-a em favor de seus amigos.

  1. SEPULTAM A CRISTO (19.31-42)
Os judeus não estavam interessados em compaixão ou no horror de seus crimes; queriam apenas impedir a violação de suas leis sabáticas! O fato de os soldados não quebrarem as pernas de Cristo para apressar sua morte comprova que ele já estava morto. O sangue e a água simbolizam dois aspectos da salvação: o sangue para a expiação da culpa do pecado, e a água para lavar a mancha do pecado. O sangue fala de justificação, e a água, de santificação. Os dois devem sempre andar juntos, pois os que crêem no sangue de Cristo para salvá-los devem levar uma vida pura diante do mundo que nos vigia.
Pelo v. 35, deduzimos que João deixou Maria na casa dele e voltou para a cruz. Ficar com Cristo era mais importante que cuidar de Maria. No evangelho de João, a primeira vez que vemos Maria, ela está em uma alegre festa de casamento (2.1-11); na última, na dolorosa expiação de Jesus.
Deus preparou Nicodemos e José de Arimatéia, dois membros do Sinédrio, para sepultar o corpo de Jesus. Se não, provavelmente jogariam seus corpo no monte de lixo do lado de fora de Jerusalém. (Is. 53.9) prometeu que sua sepultura seria entre os ricos. Essa é a terceira e última menção que João faz a Nicodemos, e, por fim, o vemos confessar Cristo, pública e corajosamente. É evidente que Nicodemos saiu das trevas e, no fim, tornou-se um cristão que nasceu de novo. Em João 3, vemos Nicodemos nas trevas da confusão; em João 7.45-53, o vemos na aurora da convicção, disposto a dar-lhe uma audiência justa; e em João 19.38-42, Nicodemos está na plena luz da confissão e identifica-se abertamente com Cristo. Entendemos que Nicodemos e José sabiam quando Jesus morreria. Como e onde isso aconteceria. Eles já tinham a sepultura e os bálsamos, prontos, provavelmente escondidos na sepultura enquanto Jesus  estava na cruz. José não preparou essa sepultura para si mesmo, pois um homem rico não quereria ser sepultado perto de onde eram executados os criminosos. Ele adquiriu uma sepultura perto do calvário a fim de poder cuidar com rapidez e com facilidade do corpo de Jesus.
Não devemos criticar José de Arimatéia por ser um “discípulo secreto”, pois vemos como Deus usou, ele e Nicodemos para realizar seus propósitos. O conselho os impediria de cuidar do corpo de Cristo, se a fé deles fosse pública. José e Nicodemos se contaminaram para a Páscoa quando tocaram o corpo morto de Cristo. Todavia, eles não se importaram, pois criam no Cordeiro de Deus!
O Cordeiro de Deus deu a vida pelos pecados do mundo. Sua obra na terra estava terminada, e ele descansou no sábado.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

JESUS COMO O SOFREDOR MODELO ( João Cap. 18)

Jesus deixou seu lugar de oração para encontrar-se com seus inimigos. O “ribeiro Cedrom” lembra-nos o rei Davi que foi banido  de seu trono pela rebelião de seus amigos e família e atravessou esse mesmo ribeiro (veja 2Sm 15).

  1. A PRISÃO (18.1-14)
Jesus encontrou Judas e seu grupo de propósito, pois sabia o que estava para acontecer. (Veja 13.1-3 e 6.6. Jesus sempre soube o que faria, pois sempre conheceu o plano do Pai.) É interessante o fato de a prisão acontecer em um jardim. Cristo, o último Adão (1 Co 15.45-47), encontra seu inimigo em um jardim e triunfa, enquanto o primeiro Adão encontrou o inimigo em um jardim e fracassou. Adão escondeu-se, mas Cristo revelou-se publicamente. Veja outros contrastes que encontra nessas duas cenas de jardim à medida que as examina.
Judas ficou com o inimigo. “Uma vez soltos, procuraram os irmãos” (At. 4.23). As pessoas sempre vão para onde está seu coração. Judas tinha Satanás no coração e ficou com o grupo de adeptos deste. É triste dizer que Pedro se misturou ao mesmo grupo! Observe como Jesus aturdiu-os quando usou o termo “Eu sou”,  O mesmo nome que salva os crentes (17.6) condena o perdido.
No v. 8, Jesus aconselha seus discípulos a ir embora a fim de que não tenham problemas. Ele já lhes dissera que se dispersariam (16.32), mas Pedro prefere ficar e lutar – e passa a correr perigo por isso. O pecado de Pedro não foi seguir Jesus de longe, mas segui-lo! Ele deveria ter obedecido à Palavra e partido.
O v. 9 volta a 17.12, em que Cristo falou da salvação dos discípulos. Aqui, ele fala da segurança física deles. Portanto, Cristo guarda-nos de duas maneiras: ele preserva nossa alma em salvação e guarda nosso corpo, selando-o com o seu Espírito até o dia da redenção (Ef. 1.13-14).
Pedro desobedeceu a Cristo de forma clara ao usar a espada. Ele não precisa da nossa proteção, e, para combater Satanás, devemos usar armas espirituais (2 Co 1.4-6; Ef. 6). Pedro usou a arma errada, teve o motivo errado, agiu sob o comando errado e obteve o resultado errado! Como foi gracioso da parte de Jesus curar Malco (Lc. 22.51) e, assim, proteger Pedro de qualquer dano. Caso contrário poderia haver mais uma cruz no Calvário, e Pedro seria crucificado antes do tempo designado por Deus (Jo 21.18-19).

  1. A NEGAÇÃO (18.15-27)
Agora,  a narrativa foca Pedro, e vemos seu triste declínio. No cenáculo, Pedro vangloria-se três vezes de que permaneceria fiel a Cristo (Mt. 26.33, 35; Jo. 13.37. No jardim, ele dormiu três vezes (Mc. 14.32-41), quando deveria orar. Depois, ele negou o Senhor três vezes e, em João 21, ele confessou seu amor por Cristo três vezes! No cenáculo, Pedro caiu na armadilha do diabo (Lc. 22.31-34); no jardim, ele entregou-se à fraqueza da carne; e, agora, no pátio do sacerdote, ele cede à pressão do mundo. Como é importante vigiar e orar!
No v. 15, não sabemos quem é o discípulo citado. Talvez fosse Nicodemos ou José de Arimatéia. Não é provável que João (muitas vezes, chamado de “o outro discípulo” – 20.2,3) estivesse em termos amigáveis com o sumo sacerdote. Veja At. 4.1-3. Seja quem for esse discípulo, ele levou Pedro ao pecado quando abriu a porta para ele! O v. 18 informa que estava “frio”, portanto Pedro sentou perto do braseiro; todavia, Lucas 22.44 afirma que Cristo suou aquela noite enquanto orava! Pedro estava com frio físico e espiritual e aqueceu-se no fogo do inimigo. Ele “andou no conselho dos ímpios” e agora “se detinha no caminho dos pecadores” (veja Sl. 1.1), Cristo sofria, enquanto Pedro se aquecia, mas, não compartilhava o sofrimento do Senhor de forma alguma.

  1. A REJEIÇÃO (18.28-40)
Vemos como a nação era corrupta naquela época pelo fato de haver dois sumos sacerdotes. Anás e Caifás eram sócios no comércio do templo e odiavam Jesus por ter purificado o templo duas vezes.
Tem-se escrito muito a respeito dos aspectos ilegais do julgamento de Cristo. Ele aconteceu à noite; assumiu-se que o prisioneiro era culpado e o trataram como tal; a corte pagou pessoas para dar falso testemunho; o juiz permitiu que maltratassem o prisioneiro; a corte não deu ao acusado o direito  de defender-se. Após o julgamento noturno secreto, os astutos líderes religiosos levaram Jesus até Pilatos para a sentença final de morte. Eles não podiam entrar em uma sala de gentios a fim de não contaminar, mas não hesitavam em condenar à morte um homem inocente!
A passagem de 18.33 a 19.15 apresenta o triste relado da indecisão covarde de Pilatos. Este se dirigiu, pelo menos, sete vezes aos judeus do exterior e aos da sala para tentar um acordo. Pilatos crucificou Cristo porque era um covarde que queria “contentar a multidão” (Mc. 15.15). Quantos pecadores irão para o inferno porque temem as pessoas e tentam agradá-las!
Cristo explicou a Pilatos a natureza espiritual de seu reino, mas não sua afirmação: “O meu reino não é deste mundo”. Ele poderia ter estabelecido seu reino na terra, se os judeus o tivessem recebido. Contudo, eles o rejeitaram, pois seu reino é de natureza espiritual, no coração das pessoas. Ele estabelecerá seu reino sobre a terra quando retornar. Como ansiamos por esse dia abençoado!
Há séculos, os filósofos têm feito a pergunta de Pilatos: “Que é a verdade?”. Em 14.6, Jesus declara: “Eu sou .... a verdade”. João 17.17 afirma: “A tua palavra é a verdade”. Primeira João 5.6 afirma seguramente que “o Espírito é a verdade”. O Espírito e a Palavra apontam para Cristo, “a verdade”.
O mundo faz as escolhas erradas em relação aos assuntos espirituais. A multidão preferiu matar o Príncipe da vida! Ela escolheu o contraventor, não o Legislador! Os judeus rejeitaram o verdadeiro Messias; no entanto, um dia, aceitarão o falso Messias, Satanás, o anticristo (5.43).
Os homens rejeitam Jesus por diversos motivos. Judas rejeitou Cristo, porque ouviu o diabo; Pilatos ouviu o mundo; Herodes obedeceu à carne. (o diabo, o mundo e a carne, são o fortalecimento da carne).
Pilatos diz: “É costume entre vós” (18.39). É triste constatar que Pilatos conhecia os costumes religiosos, mas não conhecia a Cristo! Ainda hoje, as pessoas são assim, cuidadosas em observar costumes e feriados religiosos, mas desconhecem o Salvador do mundo. A rejeição significa condenação eterna, e a fé vida eterna.  

segunda-feira, 30 de maio de 2011

JESUS COMO O GRANDE INTERCESSOR - (João Cap. 17)

Neste capítulo temos o privilégio de ouvir o Filho conversando com o Pai. Poderíamos passar várias semanas meditando a respeito das verdades desse capítulo, mas aqui podemos apenas tocar nos principais pontos.

       1.    CRISTO ORA EM FAVOR DELE MESMO (17.1-5)
             O grande tema desses versículos é o fim de sua obra salvadora. João, a partir de 2.4, menciona várias vezes “a hora”. Use sua concordância bíblica e trace o padrão desses versículos para você mesmo. “Consumando a obra” – a obra de salvação – “eu te glorifiquei na terra” (v. 4). Cristo sempre viu a cruz como uma forma de glorificar a Deus (12.23). Paulo também via a glória na cruz (Gl. 6.14).
          Cristo ora para que o Pai lhe devolva a glória que deixou do lado quando veio à terra para morrer (Fp. 2.1-12). O único momento em que sua glória se revelou na terra foi no monte da transfiguração (Jo. 1.14; 2 Pe 1.16-18). No v. 2, observe o verbo “conferir”: (1) o Pai confere ao Filho autoridade sobre toda a humanidade; (2) o Filho concede a vida eterna; (3) àqueles que o Pai deu ao Filho. Em João 17, uma verdade preciosa é que cada crente é uma dádiva de amor do Pai para o Filho (Jo. 6.37)! Esse é um mistério que não podemos explicar, mas pelo qual agradecemos a Deus! “Os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis” (Rm 11.29). Isso significa que nossa salvação está garantida, pois o Pai não nos tirará do Filho.
           Deveríamos relacionar a declaração “EU SOU” de Cristo com essa afirmação “Manifestei o teu nome” (v. 6). O nome de Deus é “EU SOU” (Ex. 3.13-14), e Cristo revela que Deus é tudo que precisamos que ele seja para nós. Ao faminto, Cristo diz: “Eu sou o pão da vida”. Ao perdido, ele declara: “Eu sou o caminho”. Ao cego, afirma: “Eu sou a luz do mundo”.

       2.  CRISTO ORA PARA SEUS DISCÍPULOS (17.6-19)
            Aqui, o pensamento chave é a santificação, isto é, o relacionamento dos discípulos com o mundo. Jesus declara: “Eu lhes tenho dado a tua palavra” (v. 14) e, no v. 17, ele afirma que somos santificados – separados por Deus – pela Palavra. Santificado não significa se tornar perfeito, sem pecado, caso contrário Cristo nunca diria: “Eu me santifico a mim mesmo”, pois ele não tem pecado. O cristão santificado é alguém que cresce todos os dias na Palavra, e, como resultado disso, o Pai o separa mais e mais do mundo.
            Cristo pede que o Pai guarde os discípulos (v. 11). Esse pedido não sugere a possibilidade de que os discípulos poderiam perder sua salvação. Veja o pedido integral de Cristo “... guarda-os em teu nome ... para que eles sejam um”. No v. 15, pede que sejam guardados do mal. Cristo estava fisicamente com os discípulos e podia mantê-los juntos, unidos em coração e em propósito e separados do mundo. Agora, ele pedia que o Pai os guardasse, pois voltaria ao céu. 
           Algumas pessoas usam o v. 12 como uma “prova” de que podemos perder a salvação, porém uma leitura cuidadosa do versículo mostra exatamente o contrário! Jesus disse: “Nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição”. Isso mostra que Judas nunca fez parte do grupo de discípulos que tinha fé. “Exceto” é uma palavra de contraste que mostra que Judas pertencia a uma categoria distinta em relação aos outros discípulos. No v. 11, Jesus deixa claro que guardou todos os que o Pai lhe deu; talvez Judas nunca tenha sido contado entre os que o Filho ganhou, já que era um perdido. Hoje, muitas pessoas cometem o mesmo erro de Pedro – pensar que Judas tinha a salvação, quando jamais a tivera (6.66-71) – ao achar que ele perdera a salvação.
           Os cristãos não são do mundo, mas estão nele para testemunhar por Cristo. Mantemos nossa vida pura por meio da Palavra dele. Na verdade, Cristo nos enviou ao mundo para tomar o lugar dele (v.18). Essa é uma tremenda responsabilidade

        3.      ELE ORA POR SUA IGREJA (17.20-26)
         
    Aqui, o tema principal é “glorificação”: “Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado” (v. 22). Ele não disse: “Eu lhes darei”, porque, no plano de Deus, o cristão já foi glorificado (Rm 8.30). Isso é outra prova da segurança eterna do crente: no que diz respeito a Deus, já estamos glorificados. Cristo ora para que possamos estar com ele e ver a glória dele. Colossenses 3.4 afirma que compartilharemos a glória dele, e Romanos 8.18 promete que revelaremos a glória dele.
           Cristo também ora pela unidade (união de coração e de espírito) e uniformidade (todos exatamente iguais). Cristo nunca orou para que todos os cristãos  pertencessem a uma igreja mundana. Fusão organizacional pode trazer uniformidade organizacional, mas não garante unidade. A unidade vem da vida interior, não da pressão exterior. Embora cristãos verdadeiros pertençam a denominações diferentes, todos fazem parte da verdadeira igreja, Corpo de Cristo, e é essa unidade espiritual em amor que convence o mundo da verdade do evangelho. Os cristãos podem divergir em questões menores e ainda assim amar uns aos outros em Cristo.
           Todo cristão verdadeiro que morre vai para o céu, porque Cristo orou para que fosse assim (v. 24), e o Pai sempre responde às orações dele (11.41-42).
               No v. 26, Cristo promete revelar mais coisas sobre o Pai, o que ele faz para os apóstolos por intermédio do Espírito. Ele pede que possamos desfrutar o amor do Pai em nossa vida diária (veja 14.21-24).
                 Podemos resumir os aspectos mais importantes dessas orações da seguinte forma:
               Nos v. 1-5, Jesus enfatiza a salvação e a dádiva da vida eterna (v. 2). No trecho de 6-19, ele discorre sobre a santificação: “Eu lhes tenho dado a tua palavra” (v. 14). De 20 a 26, ele foca a glorificação: “Eu  lhes tenho transmitido a glória” (v. 22). Essas dádivas cuidam do passado, do presente e do futuro do crente.
Observe também a maravilhosa garantia da segurança eterna do crente nessa oração: (1) os crentes são um presente do Pai para o Filho (v. 2), e Deus não pagará de volta seus presentes. (2) Cristo terminou sua obra. Os crentes não podem perder sua salvação porque Cristo completou sua obra. (3) Cristo guardou os seus enquanto esteve na terra e guarda-os também hoje, pois ele é o mesmo Salvador. (4) Cristo sabe que, no fim, iremos para o céu porque ele já nos deu sua glória. (5) Cristo orou para que possamos ir para o céu, e o Pai sempre responde às orações do Filho (11.41-42).  

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Não ao preconceito. Mas sim ao conceito formado



Estamos num país onde há liberdade de viver, se expressar e agir, conforme a decisão ou vontade de cada um.  Assim, a opção sexual faz parte dessa liberdade. Por outro lado, entendemos que a liberdade de discordar e não aceitar em seu meio uma união homossexual, por esta ferir os princípios da Bíblia Sagrada,  faz parte da sua liberdade e não lhe pode ser cerceada, pois fere a Constituição Nacional.


A Constituição Brasileira, no seu Artigo V, incisos IV, VI, VIII e IX, diz:
IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.

Assim, precisamos diferenciar homossexualismo de homofobia. A Igreja Luterana não concorda com a conduta homossexual, mas não discrimina o ser humano homossexual.

POR ISSO DECLARO:
- Creio  e confesso que a sexualidade é um dom de Deus, destinado por Deus para ser vivido entre um homem e uma mulher dentro do casamento.

- Creio e confesso que o homossexual é amado por Deus como são amadas por Deus todas as suas criaturas.

- Em amando todas as pessoas e também o homossexual, Deus não anula o propósito da sua criação.   

- Por esta razão, a Sagrada Escritura, denuncia na homossexualidade um desvio do propósito criador de Deus, fruto da corrupção humana que degrada a pessoa e transgride a vontade de Deus expressa na Bíblia. “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher: é abominação. Nem te deitarás com animal, para te contaminares com ele, nem a mulher se porá perante um animal, para ajuntar-se com ele: é confusão. Portanto guardareis a obrigação que tendes para comigo, não praticando nenhum dos costumes abomináveis que praticaram antes de vós, e não vos contamineis com eles: Eu sou o Senhor vosso Deus” (Levítico 18.22,23,30); “Por isso Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seus próprios corações, para desonrarem os seus corpos entre si; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo em si mesmos a merecida punição do seu erro” Romanos 1.24,27); “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus” (1 Coríntios 6.9-10). 


- Que a homossexualidade transgride a vontade de Deus e que Deus enviou a igreja a levar Cristo Para Todos. A igreja se compromete a encaminhar o homossexual dentro do que preceitua o amor cristão e na sua competência de igreja, visando a que as pessoas vivam vida feliz e agradável a Deus; Mateus 19.5: “... Por esta causa deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.”



- Repudio qualquer forma de discriminação, devemos estar ao lado também das pessoas de comportamento homossexual, para lhes dar o apoio necessário e possam vir a ter a força para viver vida agradável a Deus.

- Diante disto repudio a ideia de se conceder à união entre homossexuais, o caráter de matrimônio legítimo, porque contraria a vontade expressa de Deus, e dificulta se não impossibilita a oportunidade de tais pessoas revisarem suas opções e comportamento.

- Repudio também, por consequência, a hipótese de ser dada a um casal homossexual a adoção e guarda de crianças como filhos porque entre outros prejuízos de formação, formará na criança uma visão distorcida da sua própria natureza.
 

Fiel ao lema, CRISTO PARA TODOS, ensinamos que a igreja renova também o seu compromisso de receber, no seio da igreja, pessoas homossexuais no amor de Cristo, visando que a fé em Jesus as transforme para a nova vida da qual  Deus se agrada.


NÃO AO PRECONCEITO
(pre- + conceito
s. m.
1. Ideia ou conceito formado antecipadamente e sem fundamento sério ou imparcial.
2. Opinião desfavorável que não é baseada em dados objetivos. = intolerância.
3. Estado de abusão, de cegueira moral.
4. Superstição.

SIM AO CONCEITO 
s. m.
1. Mente (considerada como sede das concepções!).
2. Opinião, ideia, juízo (que se faz de alguém ou de alguma coisa).
3. Dito engenhoso.
4. Reputação (usado com os adjetivos!     bom ou mau).
5. Expressão sintética; síntese.
6. Moralidade (duma fábula, dum conto, etc.).
7. Parte final e elucidativa duma charada.

Faço minha, Pr. Gualter Guedes, as palavras do Rev. Egon Kopereck Presidente IELB
(Extraído de um e-mail enviado a mim)