I. OS SINAIS (6.1-21) - -> Os três primeiros sinais mostraram que o homem é salvo pela Palavra, pela fé e pela graça. Narrados no estudo anterior de João Cap. 5. O quarto sinal (alimentação de 5 mil) mostra-nos que a salvação satisfaz as necessidades interiores do coração. Jesus é o Pão da vida. Esse milagre também nos lembra que Deus ainda usa instrumentos humanos para levar a mensagem do Evangelho aos homens, embora a salvação seja do Senhor e concedida apenas pela graça. Jesus deu o pão e o peixe aos discípulos, e eles os distribuíram entre a multidão. Se nós dermos ao Senhor tudo que temos, como o rapaz de Jo. 6.9, ele pegará isso e dividirá tudo o que temos para abençoar os outros.
Jesus não seria Rei para um grupo de pessoas que estava apenas interessado em encher o estômago (v. 26). Ele afastou-se da multidão e enviou os discípulos para o outro lado do mar, sabendo muito bem que havia uma tempestade a caminho. Como a Igreja hoje: lutamos com dificuldade contra as tempestades de Satanás, mas nosso Senhor olha por nós e, um dia, virá para nos trazer paz. Observe também que o barco chega milagrosamente a seu destino quando Cristo sobe a bordo (v. 21). A salvação traz paz ao coração - paz com o Senhor (Rm 5.1) e paz de Deus (Fp. 4.4-7).
II. O SERMÃO (6.22-65) - -> Os vv. 22-31 descrevem o cenário em que o sermão foi feito. As pessoas, interessadas em alimento, seguiram Cristo até Cafarnaum, do outro lado do mar, e o encontraram na sinagoga (v. 59). Ele revelou os motivos carnais e superficiais delas (vv. 26 e 27) e sua ignorância quanto ao sentido de ser salvo pela fé (vv. 28, 29). Ele queria dar-lhes a vida eterna da mesma forma como graciosamente as alimentara com o pão, e tudo que deveriam fazer era aceitá-lo, mas elas logo pensaram que teriam de trabalhar para isso. No vs. 30, os judeus lançam um desafio a Jesus: “Que sinal fazes para que o vejamos e creiamos em ti?”. Eles lembram-no de como Moisés fez cair pão (maná) do céu para alimentar os judeus (Ex. 16), e Jesus fundamentou seu sermão nisso. O sermão divide-se em três partes, e a cada uma delas segue-se uma reação da multidão.
A. Ele se revela: o Pão da vida (vv. 32-40) - -> Essa é uma clara afirmação de que é o verdadeiro Filho de Deus! O Pão de Deus é uma pessoa do céu (v. 33) e dá vida não apenas aos judeus (como fez Moisés), mas a todo o mundo! A forma de receber esse Pão é vir até o Senhor e pegá-lo, e esse Pão dá vida não apenas hoje, mas também vida futura na ressurreição. Observe a reação dos judeus (vv. 41 e 42) que negam a divindade dele. Jesus disse que Deus era seu Pai (v. 32), e eles dizem que José é seu pai (v. 42).
B. Ele revela o processo da salvação (vv 43-52) - -> O pecador perdido não busca Deus (Rm 3.11), no entanto a salvação inicia-se em Deus. Como o Senhor traz as pessoas a Cristo? Ele usa a Palavra (v 45). Para ter uma descrição clara do que Cristo quer dizer com “trazer” os homens, leia 2 Tes 2.13-14. Comer o pão terreno sustenta a vida por um tempo, mas, no fim, a pessoa morre. Receber o Pão espiritual (Cristo) dá vida eterna. No versículo 51, Cristo deixa claro que dará sua carne pela vida do mundo. Os judeus discutiram a respeito disso (v. 52), pois era contrário à lei judaica comer carne humana. Eles, como Nicodemos, confundiram o físico com o espiritual.
C. Ele revela o poder da salvação (vv 53-65) - -> O que Jesus quer dizer com “comer” sua carne e “beber” seu sangue? Ele não fala no sentido literal. No v. 63, ele afirma com clareza: “A carne para nada aproveita”. O que dá vida? “O espírito é o que vivifica”. As palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida.” Em outras palavras, a pessoa, ao receber a Palavra como é ensinada pelo Espírito, come a carne de Cristo e bebe o seu sangue – isto é, participa de Cristo e recebe-o. Cristo não fala do pão e do cálice da ceia do Senhor ou de qualquer outro rito religioso. Jesus ainda não instituíra a ceia do Senhor, e, quando o fez, deixou claro que ela era um memorial. Ela não concede vida. Negaríamos a graça de Deus na salvação (Ef. 2.8,9), se disséssemos que o homem recebe a vida eterna ao comer do pão e beber do vinho.
Jesus é a Palavra viva (Jo 1.1-4) e se “fez carne” por nós (1.14). A Bíblia é a Palavra escrita. Seja o que for que a Bíblia diga a respeito de Jesus, diz o mesmo a respeito de si mesma. Os dois são santos, são verdade, são luz, são vida, dão novo nascimento, são eternos, são o poder de Deus. A conclusão é óbvia: você recebe Jesus Cristo quando recebe a Palavra no coração. Nós “comemos a carne dele” ao participar da Palavra do Senhor. No v. 51, Jesus afirma: “Eu sou o pão vivo” e, em Mt 4.4, declara: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”. Em Jo. 6.68, fica claro que Pedro aprendeu o sentido do sermão, pois declara: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna”.
As pessoas ficam ofendidas com essa doutrina (v. 61) e não caminhariam mais com Cristo. Essa é a crise nº 1 do evangelho de João
III. A SEPARAÇÃO (6.66-71) - -> A Palavra de Deus, ao revelar a pessoa de Cristo, separa o verdadeiro do falso. A multidão rejeitou o Pão da vida para a alma, pois queria o pão para o corpo. Pedro e dez dos discípulos afirmaram sua fé em Cristo. A fé deles vem pelo ouvir a Palavra (Rm 10.17). Entretanto, Judas era um embusteiro e, no fim, trai a Cristo. É importante notar que: no v. 66, a palavra “discípulos” refere-se aos “seguidores” da multidão, não os doze apóstolos.
Pr. Gualter Guedes
Paz seja contigo!
ResponderExcluirPassando aqui para somar junto com o senhor.Seu blog é de fato um uma benção de Deus.
Quando poder e se quiser me visite será uma alegria recebé-lo
Em Cristo,
Regy Sales.