Esse capítulo apresenta o sexto dos sete milagres especiais registrados no evangelho de João como testemunhos da divindade de Cristo (20.30-31). Os três primeiros sinais mostram que a pessoa é salva: pela Palavra (água em vinho), pela fé (cura do filho do oficial do rei) e pela graça (cura do paralítico). Os últimos quatro sinais mostram o efeito da salvação: satisfação (alimentação dos 5 mil), paz (pacificação da tempestade), luz (cura do cego) e vida (ressuscitação de Lázaro).
1. A CURA (9.1-7)
A. O homem tem as características do pecador perdido
(1) Ele era cego (Ef. 4.18; Jo 3.3; 2 Co 4.3-6). O não-salvo, não obstante seja intelectual como Nicodemos, não pode ver nem entender as coisas espirituais. (Veja 1 Co 2.14-16)
(2) Ele pedia Esmolas. Na visão de Deus, os não-salvos são pobres, embora possam ser ricos do ponto de vista do mundo. Ele esmola por alguma coisa que satisfaça suas necessidades mais profundas.
(3) Ele estava desamparado. Ele não podia curar a sim mesmo, e os outros também não podiam curá-lo.
B. A cura mostra como Cristo salva o pecador
(1) Ele foi ao homem pela graça. Cristo poderia ter passado por ele sem parar, pois era sábado, e ele deveria descansar (v. 14). Jesus faz algo pelo homem enquanto os discípulos discutem a respeito da causa de sua cegueira.
(2) Ele estimulou o homem. Um cisco irrita os olhos. Imagine um bolo de barro no olho. Todavia, a sujeira nos olhos encorajou-o a lavá-los. Acontece o mesmo com a pregação da Palavra: ela estimula o pecador com a condenação para que queira tomar alguma atitude em relação aos seus pecados. (Veja At. 2.37).
(3) Ele curou o homem com seu poder. O homem provou sua fé em Cristo ao obedecer à Palavra. Hoje, a “religião” quer dar substitutos para a salvação aos homens, mas apenas Cristo pode salvar das trevas do pecado e do inferno.
(4) A cura glorifica a Deus. Todas as conversões verdadeiras são apenas para a glória do Senhor. (Veja Efésios 1.5-6, 12, 14; 2.8-10).
(5) Os outros perceberam a cura. Seus pais e vizinhos notaram a mudança em sua vida. É isso que acontece quando a pessoa nasce de novo – os outros percebem a diferença que isso traz (2 Co 5.17).
2. A CONTROVÉRSIA (9.8-34)
Os líderes religiosos determinaram que qualquer pessoa que confessasse a Cristo publicamente seria expulsa da sinagoga (v. 22). Claro que isso significa perder amigos e família e todos os benefícios da religião judaica. Essa determinação forçou os pais do cego e seus vizinhos a evitar falar do que era importante quando perguntados a respeito da surpreendente cura. No versículo 11, a confissão simples do cego exaltou a Cristo. Embora no momento ele não soubesse quem era realmente “o homem chamado Jesus”. Os fariseus atacaram Cristo ao dizer-lhe que ele não era Deus (v. 16) e ao chamá-lo de pecador (v. 24). O homem que fora cego disse o que sabia (v. 25) e mostrou aos fariseus como o que eles pensavam era insensato (vv. 30-33). Um crente simples de coração sabe mais sobre a verdade espiritual que teólogos instruídos não-salvos. (Veja Sl. 119.97-104). O resultado final: expulsaram o homem da sinagoga.
Seria fácil para o homem esconder sua confissão e evitar a controvérsia, mas ele defendeu sem temor sua causa. Ele sabia a diferença que Cristo fizera em sua vida e não podia negá-la. Todos os que encontram Cristo e crêem nele devem tornar isso público.
3. A CONFISSÃO DELE (9.35-41)
No momento, o homem não percebia isso, mas o lugar mais seguro para ele era fora da congregação religiosa judaica. Os judeus o expulsaram, mas Cristo recebeu-o. Esse homem, como Paulo (veja Fp 3.1-10), “perdeu sua religião”, contudo encontrou salvação e foi para o céu.
Observe com atenção como esse homem cresceu no conhecimento de Cristo:
(1) Um homem chamado Jesus (v. 11), isso era tudo que ele sabia a respeito de Cristo quando foi curado.
(2) Profeta (v. 17), foi a forma como ele se referiu a Jesus quando os fariseus o questionaram.
(3) Homem [...] de Deus (vv. 31-33) foi o que ele concluiu que Jesus era.
(4) Filho de Deus (vv. 35-38) foi sua confissão completa e final de fé. (veja 20.30-31).
Provérbios 4.18 afirma: “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”, e o crescimento em “luz” desse homem prova isso. O cristão é aquele que tem luz no coração (2 Co. 4.6) e que é luz (1 Jo. 1) e produz o fruto da luz (Ef. 5.8-9). A declaração dele: “Creio, Senhor”, foi o ponto de virada em sua vida.
A mesma luz que guia uma pessoa pode cegar outro (vv. 39-41). Os fariseus admitem que podem ver e, por isso, são culpados, pois rejeitaram a evidência e não receberam a Cristo. O evangelho provoca reações distintas dos diferentes tipos de coração: o pecador cego recebe a verdade e a vê; a pessoa religiosa que se considera virtuosa rejeita a verdade e torna-se ainda mais cega espiritualmente. É perigoso rejeitar a luz.
Pr. Gualter Guedes
CONTROVÉRSIA: 1. Debate regular sobre assunto literário, artístico, religioso, científico, etc. 2. Contestação, polêmica.
Estava procurando um estudo sobre o livro acima e gostei muito do que foi esplanado aqui no blog agradesço pois me ajudou muito no meu estudo biblico. joao 9 .
ResponderExcluirmeu nome e avelino sou do entorno de brasilia;gostei muito pois vie carater cristao e resposabilidade com os leitores,esse e o evangelio simples,objetivo,mais poderoso.o verdadeiro cristao deve sempre amar a palavra de DEUS pois agindo assim nunca vai ceder as propostas mundanas.que o SENHOR te abençoe e te der santidade, continui assim e sera salvo tanto a tie como os que te ouvem um abraço, e ore por mim.
ResponderExcluirmuito obrigado.me ajudou que deus te reconpense.
ResponderExcluirAmado Pastor! há algum problema se eu usar esse estudo para pregar?
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