segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A OBRA É DE DEUS, ELE A SUSTEM

O Senhor não Se esquece dos que trabalham com amor
Cristo, por intermédio do profeta, mandou que: “Repartas o teu pão com o faminto”, e fartes “a alma aflita”; “vendo o nu o cubras”, e “recolhas em casa os pobres desterrados”, Is. 58.7-10. Ordenou-nos: “Ide por todo o mundo pregai o evangelho a toda a criatura”. Mc. 16.15. Quantas vezes, porém, nosso coração sucumbe e falha-nos a fé, ao vermos quão grande é a necessidade, quão limitados os meios em nossas mãos! Como André, ao olhar aos cinco pães de cevada e os dois peixinhos, exclamamos: “Que é isso para tantos?” João 6.9. Hesitamos freqüentemente, não dispostos a dar tudo o que temos, temendo gastar e ser gastos por outros. Mas Jesus nos manda: “Dai-lhes vós de comer”. Mt. 14.16. Sua ordem é uma promessa; e em seu apoio está o mesmo poder que alimentou a multidão junto ao mar.
No ato de Cristo, de suprir as necessidades temporais de uma faminta massa de povo, está envolvida profunda lição espiritual para todos os Seus obreiros. Cristo recebeu do Pai; passou-o aos discípulos; eles o entregaram à multidão; e o povo unas aos outros. Assim todos quantos se acham ligados a Cristo devem receber dEle o Pão da vida. O alimento celestial, e passá-lo a outros.
Com plena confiança em Deus, Jesus tomou a pequena provisão de pães, e se bem que não houvesse senão uma porção pequenina para Sua própria família de discípulos, não os convidou a comer, mas começou a lhos distribuir, ordenando que servissem ao povo. O alimento multiplicava-se-Lhe nas mãos; e as mãos dos discípulos, estendendo-se para Cristo – o próprio Pão da vida – nunca ficavam vazias. O diminuto suprimento foi suficiente para todos. Depois de haver sido satisfeita a necessidade do povo, as sobras foram recolhidas, e Cristo e os discípulos comeram juntos da preciosa comida, fornecida pelo Céu.
Os discípulos foram o meio de comunicação entre Cristo e o povo. Isso deve ser uma grande animação para os discípulos dEle hoje em dia. Cristo é o grande centro, a fonte de toda força. Dele devem, os discípulos, receber a provisão. Os mais inteligentes, os mais bem-dotados espiritualmente, só podem comunicar, à medida que recebem. Não podem, de si mesmos, suprir coisa alguma às necessidades da alma. Só podemos transmitir aquilo que recebemos de Cristo; e só podemos receber à medida que comunicamos aos outros. À proporção que continuamos a dar, continuamos a receber, e quanto mais dermos, tanto mais havemos de receber. Assim estaremos de contínuo crendo, confiando, recebendo e transmitindo.
A obra da edificação do reino de Cristo irá avante, se bem que, segundo todas as aparências, caminhe devagar, e as impossibilidades pareçam testificar contra o seu progresso. A obra é de Deus, e Ele fornecerá meios e enviará auxiliares, sinceros e fervorosos discípulos, cujas mãos também estarão cheias de alimento para as famintas multidões. Deus não Se esquece dos que trabalham com amor para levar a palavra da vida a almas prestes a perecer, as quais, por sua vez, buscam alimento para outras almas famintas.
Há, em nossa obra para Deus risco de confiar demasiado no que pode fazer o homem, com seus talentos e capacidade. Muito freqüentemente o obreiro de Cristo deixa de compreender sua responsabilidade pessoal. Acha-se em perigo de eximir-se a seus encargos, fazendo-os recair sobre organizações, em lugar de apoiar-se nAquele que é a fonte de toda a força. Grande erro é confiar em sabedoria humana, ou em números, na obra de Deus. O trabalho bem sucedido para Cristo, não depende tanto de números ou de talentos, como da pureza de desígnio, da genuína simplicidade, da fervorosa e confiante fé. Devem-se assumir as responsabilidades pessoais, empreender os deveres pessoais e fazer esforços pessoais em favor dos que não conhecem a Cristo. Em lugar de transferir vossa responsabilidade para alguém que julgais mais bem-dotado que vós. Trabalhai segundo vossas aptidões.

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