sábado, 11 de junho de 2011

JESUS COMO O SALVADOR CRUCIFICADO (João Cap. 19)

  1. ZOMBAM DE CRISTO (19.1-22)
Talvez Pilatos pensasse que açoitar Cristo (o que era ilegal) comovesse o coração das pessoas e, assim, estas o quisessem libertar depois disso. No entanto, elas tinham coração duro (12.40) e estavam determinadas a destruí-lo. Pilatos errou ao permitir que os soldados ridicularizassem Cristo pondo nele uma coroa, um manto e “na mão direita, um caniço” (Mt. 27.29). Compare essa cena com Ap. 19.1-21, em que todo joelho se dobrará diante dele.

Os judeus o acursaram de quebrar a lei porque afirmou ser Deus (veja 10.33). No entanto, Jesus provou ser o Senhor em seus milagres e em suas mensagens. Todavia, os pecadores de coração endurecidos estavam determinados a eliminá-lo e negaram-se a examinar as evidências.
No v. 9, por que Cristo não responde à pergunta de Pilatos? Porque Pilatos não obedeceu à verdade que já recebera, e Deus não revela mais verdade até que obedeçamos ao que já nos deu. No v. 10, a ostentação de Pilatos foi, na verdade, sua sentença de condenação! Ele devia ter libertado Cristo, pois tinha autoridade para isso e sabia que ele era inocente (19.4)! Cristo repreende Pilatos ao lembrá-lo de que toda autoridade vem de Deus (veja Rm. 13.1ss e Pv. 8.15-16). Pilatos estava nas mãos de Deus para cumprir um propósito especial, mas ainda assim foi responsável por sua decisão e pecou. (Veja Lc. 22.22). A frase “Quem me entregou a ti” (v. 11) refere-se a Caifás, não a Judas.
Eles clamaram: “Não temos rei, senão Cesar!” (v. 15). Em 6.15, os judeus queriam fazer de Cristo o rei deles e, em 12.13, eles o aclamaram como rei, mas agora o rejeitam. Essa é a terceira crise do evangelho de João. O crucificam (19.13-22).  (Crise nº 1 -> eles não caminham com ele (6.66,67). Crise nº 2 -> eles não acreditam nele (12.12-50)).
Pilatos tinha “a última palavra”, pois escreveu o título para a cruz: “JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS”. Os romanos costumavam pendurar uma placa no pescoço do prisioneiro, com o motivo da acusação, que depois pregavam na cruz, acima da cabeça dele. O “crime” de Cristo foi declarar-se rei! As três línguas em que foi escrito o título representavam as três grandes áreas da vida humana: religião (hebraico), filosofia e cultura (grego) e lei (latim). O título fala do pecado universal, pois as três maiores nações do mundo participaram da morte dele.
A religião, a filosofia e a lei não salvam o pecador perdido. O título também fala do amor universal – “Deus amou o mundo de tal maneira”. Além disso, o título anuncia a salvação para todo o mundo, pois Cristo é a sabedoria de Deus para os gregos, o poder dele para os judeus e a justiça dele cumpre sua lei santa (1 Cor. 1.18ss). O ladrão arrependido leu esse título, confiou em Cristo, e foi salvo.

  1. CRUCIFICAM A CRISTO (19.23-30)
João registra apenas três das sete declarações que Cristo fez do alto da cruz. Ele é cuidadoso na observação do cumprimento das Escrituras: no sorteio da túnica tecida sem costura (Sl. 22.18), no vinagre que lhe dão para beber (Sl. 69.21) e na ferida que lança do lado sem quebrar  qualquer osso (Sl. 34.20 com Êx. 12.46; Zc. 12.10). No entanto, observe que o v. 37 não diz que se cumpriu Zacarias 12.10, mas que essa passagem afirmava que ele seria traspassado. “Eles verão” em  um dia futuro, quando ele retornar em glória (Ap. 1.7). Deus cuidou de cada detalhe da crucificação.

Cristo, por fim, rompeu todos os seus laços familiares terrenos quando entregou Maria a João um ao outro. Foi Cristo quem controlou a situação, não Maria. Admiramos a devoção de Maria em ir até a cruz (Lc. 2.34,35). O silêncio dela prova que Jesus é Filho de Deus, pois uma palavra dela poderia salvá-lo. Afinal, quem conhece uma pessoa melhor que a mãe que o carregou no ventre?
A frase “Tenho sede” fala da agonia física e espiritual de Cristo, pois ele sofreu o tormento do inferno por nossos pecados. Ele sentiu sede para que nunca a sintamos. No texto grego, a frase “Está consumado” corresponde a uma palavra, tetelestai. Era uma palavra comum que os negociantes usavam para dizer: “O preço está pago”. Os pastores e os sacerdotes a usavam quando encontravam uma ovelha perfeita, pronta para sacrifício, e Cristo morreu como o Cordeiro perfeito de Deus. Os sacerdotes usavam essa palavra para dizer aos senhores que haviam terminado o trabalho. Cristo, o Servo perfeito, terminara a obra que o Pai lhe dera. Cristo abriu mão de sua vida de boa vontade e, de propósito, entregou-a em favor de seus amigos.

  1. SEPULTAM A CRISTO (19.31-42)
Os judeus não estavam interessados em compaixão ou no horror de seus crimes; queriam apenas impedir a violação de suas leis sabáticas! O fato de os soldados não quebrarem as pernas de Cristo para apressar sua morte comprova que ele já estava morto. O sangue e a água simbolizam dois aspectos da salvação: o sangue para a expiação da culpa do pecado, e a água para lavar a mancha do pecado. O sangue fala de justificação, e a água, de santificação. Os dois devem sempre andar juntos, pois os que crêem no sangue de Cristo para salvá-los devem levar uma vida pura diante do mundo que nos vigia.
Pelo v. 35, deduzimos que João deixou Maria na casa dele e voltou para a cruz. Ficar com Cristo era mais importante que cuidar de Maria. No evangelho de João, a primeira vez que vemos Maria, ela está em uma alegre festa de casamento (2.1-11); na última, na dolorosa expiação de Jesus.
Deus preparou Nicodemos e José de Arimatéia, dois membros do Sinédrio, para sepultar o corpo de Jesus. Se não, provavelmente jogariam seus corpo no monte de lixo do lado de fora de Jerusalém. (Is. 53.9) prometeu que sua sepultura seria entre os ricos. Essa é a terceira e última menção que João faz a Nicodemos, e, por fim, o vemos confessar Cristo, pública e corajosamente. É evidente que Nicodemos saiu das trevas e, no fim, tornou-se um cristão que nasceu de novo. Em João 3, vemos Nicodemos nas trevas da confusão; em João 7.45-53, o vemos na aurora da convicção, disposto a dar-lhe uma audiência justa; e em João 19.38-42, Nicodemos está na plena luz da confissão e identifica-se abertamente com Cristo. Entendemos que Nicodemos e José sabiam quando Jesus morreria. Como e onde isso aconteceria. Eles já tinham a sepultura e os bálsamos, prontos, provavelmente escondidos na sepultura enquanto Jesus  estava na cruz. José não preparou essa sepultura para si mesmo, pois um homem rico não quereria ser sepultado perto de onde eram executados os criminosos. Ele adquiriu uma sepultura perto do calvário a fim de poder cuidar com rapidez e com facilidade do corpo de Jesus.
Não devemos criticar José de Arimatéia por ser um “discípulo secreto”, pois vemos como Deus usou, ele e Nicodemos para realizar seus propósitos. O conselho os impediria de cuidar do corpo de Cristo, se a fé deles fosse pública. José e Nicodemos se contaminaram para a Páscoa quando tocaram o corpo morto de Cristo. Todavia, eles não se importaram, pois criam no Cordeiro de Deus!
O Cordeiro de Deus deu a vida pelos pecados do mundo. Sua obra na terra estava terminada, e ele descansou no sábado.

2 comentários:

  1. jesus e o unico e suficiente salvador da nossa vida por isso quem ainda nao aceitou deve aceita-lo se quiser ter vida de verdade e nao andar segunda a vontade do mundo que e passageiro muita gente ai padecendo e nao acorda que jesus e o unico caminho a unica saida.

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